04/10/2010

A famosa gruta de Artur Nogueira

Para especialista, o lugar não passa de um abrigo. Nossa reportagem foi conhecer e se aventurar no local

Conhecida por muitas pessoas em Artur Nogueira e na região, a famosa gruta não passa de um abrigo. Pelo menos é o que afirma o espeleologista – especialista em grutas e cavernas, Ericson Cernawsky.  “Para classificar o lugar é preciso utilizar algumas medidas especificas da espeleologia” conta.

Para um local ser considerado gruta é preciso levar em consideração a altura e a profundidade da caverna. “Quando uma cavidade possui mais extensão do que altura, é uma caverna, gruta, ou outro sinônimo regional. Quando a altura é maior que a extensão, perpendicularmente a sua largura, é um abrigo” afirma o espeleologista.

Levando em consideração a informação do especialista, pode-se concluir que a famosa gruta nogueirense não deveria possuir este nome. “Não é uma gruta porque em sua formação a altura é maior que a extensão” afirma.

Mesmo sendo um abrigo, o lugar não perde seu encanto. Não tanto por sua formação natural, mas pela aventura que é chegar até ele. Seguindo a estrada do lixão da cidade, em seu final existe uma plantação de eucaliptos de uma empresa de celulose. É aí que a aventura começa. Em um verdadeiro labirinto de árvores, torna-se fácil se perder entre elas. O que garante realmente a presença de um monitor durante o passeio.

Entre um caminho e outro, uma árvore ganha destaque sobre as demais. Uma fita vermelha sinaliza que ali existe uma passagem, quase que secreta, entre as folhagens.

Nesse ponto muitos desistem de continuar o passeio. Uma verdadeira ladeira torna a aventura mais difícil e perigosa. Depois da descida chega-se ao abrigo.

O lugar lembra um paredão. Em sua superfície, marcas de quem já passaram por ali. Milhares de assinaturas e desenhos caracterizam o lugar.

O abrigo de Artur Nogueira tem tudo para ser um ponto turístico do município. “Para isso, é essencial a presença de monitores orientando e conscientizando os turistas a não jogar lixo, não escrever nas paredes. Respeitar o local é um dos pontos que, sem dúvida, auxiliaria muito na em sua preservação” concluiu o espeleologista.

Por estar em uma área privada, também é necessária a autorização da empresa para atividades no abrigo. Para quem gosta de estar em contato com a natureza é um bom roteiro.


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