16/03/2018

Artur Nogueira tem segundo verão mais chuvoso desde crise hídrica

Município registrou 613 milímetros de precipitação entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018

Da redação

Artur Nogueira teve o segundo verão mais chuvoso desde a crise hídrica que atingiu o Estado de São Paulo em 2014. Entre dezembro de 2017 – quando a estação teve início – e fevereiro deste ano, foram registrados 613 milímetros de precipitação. De acordo com a Prefeitura de Artur Nogueira, não há motivos para se preocupar com uma nova escassez de água em 2018.

Dados da Defesa Civil nogueirense, disponibilizados por meio da Assessoria de Comunicação do Poder Executivo, mostram que o atual verão foi 17,7% mais chuvoso que o anterior. Cerca de 520 milímetros de chuva foram registrados pelo departamento na cidade entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017 – uma diferença de quase 100 milímetros.

Em comparação com o mesmo período de 2013/2014, quando apenas 371 milímetros foram registrados, o verão deste ano teve 65% mais chuvas. Ainda assim, foi 12% menos molhado que o de 2016, quando mais de 700 milímetros de chuva caíram sobre Artur Nogueira nos três meses do comparativo – o mais chuvoso desde a crise.

“A população não precisa se preocupar pois os reservatórios do município se apresentam normais”, informou o Poder Executivo ao Portal Nogueirense. “É importante ressaltar que mesmo que os reservatórios estejam em níveis satisfatórios, pedimos o uso racional e consciente”, adverte.

Consumo

Um levantamento efetuado em 2017 pelo Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira (Saean) revelou que o consumo de água per capita diário na cidade, isto é, a média do que cada nogueirense consome por dia, chega a 200 litros. Isso equivale a praticamente o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 110 litros por pessoa.

Ao se multiplicar 200 litros por 51 mil, que é o número aproximado de moradores de Artur Nogueira, chega-se à conclusão de que são gasto cerca de 10,2 milhões de litros de água por dia na cidade.

Crise

Em 2014, Artur Nogueira, assim como todo o estado paulista, se viu diante da maior crise hídrica dos últimos 25 anos. A Represa do Cotrins, por exemplo, que abastece 80% das residências nogueirenses, chegou a ficar abaixo dos 30% de sua capacidade, obrigando as autoridades a declararem estado de emergência no município.

Represa

Como consequência da grave estiagem, aproximadamente 50% da produção agrícola de Artur Nogueira foi comprometida, sobretudo nas safras de laranja, mandioca, cana-de-açúcar, verduras e milho. Até o comércio da cidade precisou alterar a rotina para não sofrer com o desabastecimento, que fez algumas regiões da cidade ficarem mais de uma semana sem água.

A falta de água provou filas enormes nas bicas da cidade, que foram a principal alternativa para os moradores que estavam com as torneiras secas em casa. A crise também exigiu criatividade da população, que chegou a desenvolver sistemas de captação de água da chuva para driblar os problemas de abastecimento.

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