31/08/2019

Artur Nogueira apresenta falta de vacina pentavalente

Prefeitura afirmou que a vacina “se encontra em falta devido à dificuldade que o Ministério da Saúde tem encontrado para adquirir novas doses e encaminhá-las para os municípios”

Da redação

Moradores de Artur Nogueira tem demonstrado preocupação frente à falta da vacina pentavalente na rede pública do município. A vacina devem ser distribuídas à crianças a partir de dos dois meses de vida. A dose é destinada à imunização de doenças como o tétano, a difteria, a coqueluche, a hepatite B, meningite e a influenza.

Além de Artur Nogueira, conforme divulgado pela mídia nacional, os municípios de Americana (SP), Campinas (SP), Hortolândia (SP), Indaiatuba (SP), Limeira (SP) e Sumaré (SP) também estão enfrentando a falta da vacina. E esse problema não se restringe apenas à essas cidades do interior paulista. São Paulo, Capital, em pelo menos 30 cidades no interior e no litoral do Estado, a realidade é a mesma.

No âmbito nacional, Goiás, no Rio Grande do Sul, em Mato Grosso, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte e no Pará, os estoques da pentavalente também estão em falta.

 

A moradora de Artur Nogueira, Cauany Martins, relata que tem enfrentado dificuldade para encontrar a vacina no município. Uma das doses para o filho dela precisou ser comprada de forma particular para a aplicação. “Faz mais de dois meses que a vacina está em falta e ninguém faz nada. Meu filho tem seis meses e não tem a vacina para ele. A dose para os quatro meses eu tive que comprar, agora ele fez seis meses e não tem ainda. Fui em todos os postos, no setor de Vigilância e Saúde, na Secretária da Saúde e sem previsão nenhuma para a vacina. Não sou só eu, mas todas as outras mães que tem criança pequena no município estão preocupadas”, relata a munícipe.

A vacina pentavalente está inserida ao calendário nacional de imunização e deve ser distribuída gratuitamente às crianças. Enquanto a distribuição das doses da vacina pentavalente é normalizada, a recomendado que os pais evitem a exposição das crianças à locais com muita concentração de pessoas.

A  imunização na rede particular costuma custar em torno de R$ 400.

Prefeitura de Artur Nogueira

A Prefeitura de Artur Nogueira, através do departamento de Vigilância em Saúde, informou que “a vacina pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, doenças causadas pelo hemófilo B e hepatite B) se encontra em falta devido à dificuldade que o Ministério da Saúde tem encontrado para adquirir novas doses e encaminhá-las para os municípios. Esclarecemos ainda que foi emitida na última terça (27) uma nota informativa de nº 32/2019 – DEIDT/SVS/MS pela GVE/Campinas, notificando que a vacina se encontra em situação irregular e que há uma previsão para normalização prevista para o mês de Outubro”, esclareceu.

Ministério da Saúde

Já o Ministério da Saúde declarou ao Portal Nogueirense que, “os lotes mais recentes da pentavalente recebidos do laboratório Biologicals E Limeted India foram reprovados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e pela Agência Nacional de Saúde (Anvisa). Visando proteger a população, o Ministério da Saúde solicitou a não distribuição e exigiu a substituição dos lotes à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Em julho, o Ministério da Saúde encaminhou mais de 400 mil doses da vacina pentavalente do laboratório Serum Índian aos estados. Sendo que, para o Estado de São Paulo, foram encaminhadas 88 mil doses de pentavalente, totalizando mais de 633 mil doses neste ano para o estado”, pontua.

A nota ainda acrescenta que, “o Ministério da Saúde recebeu uma parcela dos novos lotes em agosto, que encontra-se em análise pelo INCQS. Assim que o instituto finalizar a avaliação de qualidade, as vacinas serão encaminhadas para a população. A previsão é que a distribuição da vacina pentavalente comece a ser normalizada a partir de setembro”.

O setor solicitou o esclarecimento de que, “o Brasil compra a vacina via Fundo Estratégico da Opas, uma vez que não existe laboratório produtor no país. O fundo possui fornecedores pré-qualificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que assegura que produtos sejam consistentemente produzidos e controlados de acordo com padrões de qualidade apropriados para o uso pretendido, atendendo especificações previamente estabelecidas. Antes de serem distribuídos para a população, ainda, as vacinas passam por uma análise do INCQS”.

O Ministério da Saúde acrescenta que, “repassa as doses das vacinas aos estados, que têm a responsabilidade de repassar aos seus municípios. O município é responsável pelo abastecimento das salas de vacinação. A orientação do Ministério da Saúde é que, nos municípios com baixo estoque da vacina, os profissionais de saúde façam o agendamento da vacinação”, finalizou.

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