10/07/2013

Aquino pinta retratos para centenário de paróquia de Piracicaba

Trabalho de artista nogueirense levou um ano para ser concluído

Alex Bússulo

O artista plástico Tomás de Aquino, de Artur Nogueira, pintou onze retratos para o centenário da Paróquia Imaculada Conceição da Vila Rezende, em Piracicaba (SP). Dez quadros retrataram os monsenhores que administraram a paróquia nos últimos cem anos e, um, retratou a Baronesa de Rezende, que possibilitou a construção da igreja em 1914.

A contratação do nogueirense aconteceu há um ano, quando Aquino pintou o retrato de uma falecida paroquiana e teve o trabalho reconhecido em Piracicaba. Após uma reunião com o Monsenhor Orivaldo Casini e com a comissão do centenário, Aquino começou a desenvolver as pinturas. O trabalho foi realizado utilizando a técnica de pintura a óleo. “Foi um trabalho de resgate de fotografias antigas. A paróquia me passou as fotografias dos monsenhores e tive que reproduzi-las. Foi um ano de muita dedicação e trabalho, que fiz com muito carinho”, afirma Aquino.

No último sábado (6), o artista participou da entrega dos quadros durante uma celebração especial na Paróquia Imaculada Conceição. Em clima de muita emoção, Aquino presenciou o carinho dos fiéis. Todos os retratos foram apresentados aos paroquianos, um a um. O artista teve a palavra e resumiu como foi produzir o trabalho. “Considero este trabalho como o mais importante de minha vida, pois ele se eternizará por muitas e muitas décadas. Fiz com muito amor, mesmo tendo passado por um momento delicado em minha saúde”, conta o artista, relembrando o AVC que sofreu em maio deste ano. “Por um momento pensei que não conseguiria concluir este trabalho. Mas tive a honra de terminá-lo e estar aqui hoje”, conta.

Os retratos estão expostos na igreja, localizada na rua Dona Lydia, s/nº, na Vila Rezende, em Piracicaba, aberta de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h. Aos sábados, das 8h às 12h e das 13h30 até às 20h e, aos domingos, das 8 às 11h e das 17h30 às 21h.

Aquino Aquino AquinoAquino

O artista

Aquino conheceu Artur Nogueira por casualidade do destino. Em 1998, trabalhava em uma firma em São Paulo e foi convidado para ser chefe de uma pequena metalúrgica aqui no município ‘Berço da Amizade’. Trabalhou pouco tempo e logo montou a ‘Criarte’, uma escola de pintura e desenho.

Natural de Jundiaí-SP, Aquino nunca viveu sem estar envolvido com a arte. Quando menor trabalhou em uma empresa de litografia e aprendeu a desenhar rótulos de garrafas. Depois veio o quartel e novamente ele se viu envolvido com a amiga ‘arte’, onde desenhava alvos, mapas e ilustrava palestras dos generais. Depois trabalhou em uma multinacional japonesa como desenhista de tecidos. Aprendeu alguns segredos da paciência e da perfeição oriental. Do desenho têxtil passou para o universo da arte mecânica, se formou pela Protec e, quando veio para Artur Nogueira, foi chefiar o departamento de arte-final e acabamento técnico.

Quando era criança já vendia os desenhos que fazia. Desenhava o rosto de Cristo em uma cartolina e saia vendê-los para amigos e desconhecidos. Para Aquino, a arte sempre foi um processo natural da própria existência. Não se limitou apenas na arte da música e na arte plástica, mas também na leitura, no jogo de xadrez, na arte de não precisar assistir televisão, na arte do eterno bom humor.


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