02/03/2016

Após acidente, ruas são bloqueadas em escola de Artur Nogueira

Ruas Ângela Peciferrari e São Sebastião foram interditadas no horário de entrada e saída de alunos; agentes de trânsito permaneceram no local.

Cerca de duas semanas após o atropelamento do menino Kaike Gabriel Moreira de Oliveira, de 11 anos, por um ônibus escolar, em frente à Escola Estadual José Amaro Rodrigues, duas ruas laterais à escola foram interditadas e passaram a ser utilizadas exclusivamente para a entrada e saída de alunos. De acordo com a Prefeitura, medidas servirão como teste.

A rua Sete de Setembro, local do atropelamento de Kaike, é utilizada normalmente para o fluxo de veículos, enquanto na rua Duque de Caxias ocorre o embarque e desembarque dos alunos nos ônibus escolares. A rua Ângela Peciferrari, utilizada como portão de entrada dos estudantes, e a rua São Sebastião, local de saída dos alunos, serão interditadas nos horários de início e término das aulas, a fim de diminuir o fluxo de veículos e aumentar a segurança no local.

Para Luiz Antônio, motorista escolar da Prefeitura há 20 anos, a mudança foi positiva. “Era tudo muito bagunçado, os ônibus paravam na rua Ângela Peciferrari junto com os automóveis, tínhamos que cuidar com os carros e com as crianças, que vinham de todos os lados”, declarou. Os pais que buscam seus filhos de carro também aprovaram as medidas. “Adorei a mudança. Espero que permaneça assim”, disse Viviane Nunes, de 37 anos, que trabalha como caixa. Dos dois filhos que estudam na escola, de 11 e 12 anos, um era colega de Kaike. “No começo eu não queria trazer mais eles, pois a situação do atropelamento me assustou muito. No terceiro dia após o acidente eu os trouxe, mas ainda com receio”, declarou.

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Mônica Gonçalves tem 44 anos e traz seus filhos de carro todos os dias. “Acho que vai melhorar um pouco, mas ainda é cedo pra dizer. Algumas crianças são muito pequenas e difíceis de cuidar. Muitas ficavam em volta da escola, nas ruas, até mesmo depois do horário de entrada, sem ninguém para tomar conta”, disse a professora, atualmente sem lecionar. “Outro problema é que os ônibus da Prefeitura trazem as crianças muito cedo para a aula, o que faz com que fiquem até meia hora esperando o portão abrir. Dois dias antes do acidente vi duas crianças quase serem atropeladas no mesmo local”, completou.

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O agente de trânsito Eduardo Godói, de 54 anos, disse que até o momento está sendo tranquilo controlar a entrada e a saída de crianças nos determinados locais. “Nós estamos aqui apenas pra orientar, normalmente os motoristas que param aqui são profissionais, cabe aos agentes apenas orientar”, completou. Natália Rodrigues, de 17 anos, estuda no 3° ano do ensino médio e estava presente no momento do atropelamento de Kaike. “Fiquei assustada, mas não tem muito o que fazer, temos que vir pra aula e tentar nos cuidar. Espero que os ajustes funcionem para evitar novos acidentes”, afirmou.

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Segundo a prefeitura, o equipamento de sinalização para o isolamento das ruas foi doado à escola em nome da Secretaria de Trânsito. Até então, as placas, cones e cavaletes eram utilizados somente pelas escolas municipais de Artur Nogueira.

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