20/10/2012

Apae comemora 26 anos com jantar dançante

Conheça a história da instituição em Artur Nogueira

Quézia Amorim

Em comemoração aos 26 anos, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Artur Nogueira realizará um jantar dançante no sábado (27), a partir das 21 horas, no salão social da própria entidade. O objetivo do evento é arrecadar fundos para a instituição. O jantar comemorativo contará com sorteio de brindes e show da banda Evidência, que apresentará repertório variado. Os convites estão sendo vendidos pelo preço de R$ 40 na Banca da Izildinha, Maria Vitória Confecções e na sede da Apae.

Serviço prestado

A Apae tem como principal missão prestar serviços de assistência social em relação à melhoria da qualidade de vida de pessoas portadoras de deficiência. A entidade também visa a conscientização da sociedade, com palestras e eventos informativos para o município. Atualmente, a Apae de Artur Nogueira atende 165 alunos, entre crianças e terceira idade. O custo mensal da instituição é de R$ 60 mil.

A entidade busca, através de parcerias e convênios, garantir e difundir os direitos de seus assistidos. Além de salas de aula e oficinas com professores especializados, a Apae presta serviços de Equoterapia, Fisioterapia Motora e Respiratória, Terapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Odontologia, Pediatria, Pedagogia e Neuropediatria.

Histórico

A Apae  de Artur Nogueira foi fundada no dia 28 de outubro de 1986 por um grupo de 22 pessoas. Assim como hoje, a entidade atendia crianças sem condições de pagar pelo serviço prestado. Um dos primeiros fundadores da Apae e primeiro presidente, Osvaldo Sia, que ficou como presidente e vice por oito anos, conta sobre a sua gestão da época na entidade.

“Eu era presidente da Aidan, meu mandato lá tinha terminado e me chamaram para a Apae. Quando eu peguei a Apae, tinha apenas o estatuto na mão, só o papel. Me lembro de uma ocasião em que precisávamos de 120 sacos de cimento e não tínhamos dinheiro. Dei a volta no quarteirão pedindo para que as pessoas doassem e, antes de terminar a volta, eu já tinha os 120 sacos. As pessoas deixavam de atender o cliente para atender a gente”, lembra Sia, que também relata algumas situações que viveu na instituição.

“Tivemos momentos drásticos. Teve um dia que convoquei uma assembleia e 22 pessoas pediram afastamento. Depois disso pensei que Deus tivesse me abandonado, mas sempre apareciam pessoas para ajudar, daí eu voltava a pensar que não estava só. Hoje em dia as coisas estão menos difíceis, porque no meu tempo a gente vendia flores para conseguir o custeio da Apae. Foi um trabalho que tive muita satisfação em fazer. Eu agradeço à população e pela equipe, principalmente a Rosana Teressani, que foi o meu braço direito. Parabenizo, também, a todas as presidências, pessoas como Euclides de Faveri, Vandelei Bertini, Jair Tagliari, Ambé, Adriana Campideli, Geraldo Delgado e outros nomes de todas as presidentes e diretores que passaram pela instituição e que contribuíram para que Apae ficasse aberta até hoje”, conta Osvaldo Sia.

João Viveiros, presidente da Apae há um ano e meio, explica que o foco da instituição não é somente o aluno e sim também trabalhar com a família. Viveiros é pai de um assistido da entidade e afirma que “o trabalho é feito como se fosse para o meu filho, dou sempre o melhor. O tratamento é igual. Só quem trabalha com a causa ou quem tem filhos excepcionais, sabe como é”, comenta.

O presidente da instituição ainda desabafa: “Hoje em dia, muitos se aproveitam da Apae para se promover, tem muita politicagem. Mas nós, a instituição, não perdemos o foco. Ela também costuma ser vista como coitadinha. Ela não precisa de piedade e, sim, de oportunidade. Não é qualquer pessoa que abraça a entidade. Para abraçar a causa você tem que ter identidade, senão, você fará um sacrifício. Quando você anseia pela melhora de algo, você faz em diferença. A gente queria que todo mundo, de verdade, pensasse assim, pela melhoria”, conclui Viveiros.


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