16/09/2016

A realidade de quem vive nas ruas de Artur Nogueira

Confira os relatos da ‘população invisível’ do município.

Rui do Amaral / Diego Faria / Walisson Farias

Basta caminhar por alguns minutos na região central de Artur Nogueira para os encontrar. Seja de manhã, à tarde ou à noite, lá estão eles. Faça frio ou faça sol. Assim como uma árvore plantada há muitos anos, que na maioria das vezes é ignorada por quem caminha a sua volta, os moradores de rua passam, geralmente, completamente despercebidos pela população. Isto, no entanto, não significa que esta faixa da população não possua as mesmas necessidades que qualquer outro cidadão. Assim como todo mundo, eles sentem fome, sede, frio. Mas, ao contrário da maior parte das pessoas, estas necessidades raramente são atendidas. É essa a rotina de quem faz parte da ‘população invisível’ do município.

Sem teto, comida ou qualquer tipo de conforto, os moradores de rua de Artur Nogueira vivem nesta situação por diversos motivos. Alguns, desiludidos com as dificuldades financeiras, não conseguem vislumbrar a possibilidade de viver em uma residência. Outros decidiram abandonar tudo devido a problemas com a família. De acordo com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Artur Nogueira, atualmente existem 29 moradores de rua no município. Destes, 28 são homens e apenas uma é mulher. 89% das pessoas que vivem nesta situação tem entre 25 e 59 anos, 8% tem entre 18 e 24, e 3% possuem 60 anos ou mais.

Ainda de acordo com o CREAS, “o município conta com uma rede sócio assistencial, com serviços oferecidos pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social, em parceria com entidades filantrópicas. Assim que uma pessoa é identificada em situação de rua uma equipe do CREAS é acionada para proceder o atendimento a estas pessoas”. Porém, mesmo com todas estas informações, é difícil não se emocionar ao se deparar com quem realmente vive nesta situação.

Por todos estes motivos, a equipe de reportagem do Portal Nogueirense foi até algumas destas pessoas para descobrir como é viver tendo as ruas, calçadas e praças como moradia. O resultado você confere nesta reportagem especial em vídeo:


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