26/04/2011

A raiz do problema

Árvores próximas à feira poderão ser arrancadas. Por quê?

Riane Barbosa

Ninguém discorda que além de oferecer sombra por grande parte da cidade, as árvores do cinturão verde de Artur Nogueira colaboram com a arborização urbana do município. Elas têm sido importantes para melhoria das condições de vida desde a década de 80, quando foram plantadas. Melhoram também a qualidade do ar, comprometida pelos veículos e poluentes industriais.

Porém a falta de planejamento urbano/ambiental pode fazer com que a mesma árvore, que traz boa sombra, traga também problemas à sociedade. É o que acontece na casa de alguns moradores vizinhos dessas árvores, que reclamam o grande crescimento das raízes e as invasões das mesmas em suas residências.

Localizadas na Av. Duque de Caxias e na rua Adhemar de Barros, a maioria das árvores do cinturão verde é do tipo Fícus Benjamina. Porém por terem um crescimento muito rápido, consomem muita água e muitos nutrientes para se manter, tornando-se assim invasoras para garantir seu suprimento diário. As raízes acabam perfurando tubulações, redes de água, e esgoto.

A moradora Marisa Lopes não escapou desse problema, ela que mora há um ano na rua Adhemar de Barros já pensa em se mudar. “Não dá pra acreditar que a raiz pode perfurar a tubulação. Já passei pelo problema duas vezes, provavelmente vai acontecer de novo e não tenho como evitar. Sem contar o cheiro de esgoto que invade a casa, é muito desconfortável”, desabafa Marisa.

Segundo estudos do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), a arborização urbana convive em desarmonia devido à ausência de planejamento tanto da arborização, quanto dos outros componentes desse espaço.

O secretário de obras de Artur Nogueira, Fernando Arrivabene, afirma que o problema está sendo analisado, visando soluções. “A retirada ou não das árvores, será resolvida juntamente com os feirantes, comerciantes e moradores do local. Já procuramos um paisagista que fará um novo projeto para o cinturão verde. Porém, a proposta é deixar o local arborizado como o cartão postal da cidade”, explica Arrivabene.


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