14/03/2018

VISA de Artur Nogueira se pronuncia sobre inspeção em padaria

De acordo com departamento, padaria tem 10 dias para realizar adequações solicitadas

Da redação

Após pronunciamento do responsável pela Padaria Ipê, André Baldasso, o coordenador do setor de Vigilância e Saúde (Visa) de Artur Nogueira, Marcelo Silva, entrou em contato com o Portal Nogueirense nesta quarta-feira (14), mediante a assessoria de comunicação da prefeitura.

Os relatórios apresentados se referem à inspeção de rotina realizada na terça-feira (13), e rebatem a versão do proprietário do estabelecimento, que negou haver ratos ou baratas no local. Entre as irregularidades encontradas, segundo os documentos, havia iscas ilegais para ratos e fezes de roedores.

Silva explica que a visita de fiscalização é uma ação de rotina do departamento, mas, nesse caso em específico, partiu de uma denúncia. “Mesmo que seja anônimo, nós vamos ao encontro dessa informação para averiguar e ver se é real. Sou franco em dizer que, muitas vezes, não é nada do que foi denunciado”, explica.

No caso da padaria, a denúncia feita à Visa alertava sobre moscas dentro das vitrines da padaria, forte odor no ambiente e produtos vencidos em exposição. “Foi constatado tudo em relatório e fotos”, afirma Silva, que revela ter encontrado produtos vencidos desde 2014.

Quanto aos ratos e baratas, o coordenador da Visa relata que os animais não foram vistos, mas que havia indícios da presença deles. “É difícil chegar num estabelecimento e ver, na hora da inspeção, esse tipo de roedor ou inseto, porque no dia a dia tem pessoas trabalhando e os animais ficam escondidos. Eles saem à noite, quando sentem fome”, comenta.

“O que nós presenciamos lá, e vocês podem ver nas fotos, foi a presença de fezes de roedores e de baratas, que estavam em todos os locais, nos cantos, em cima dos equipamentos”, continua. Segundo o coordenador havia também a presença de formigas dentro de produtos de confeitaria, além de um controle “totalmente inadequado” de roedores.

“Todo estabelecimento precisa ter controle de roedores e insetos. O controle deles eram duas metades de uma laranja com raticida dentro. Isso é totalmente proibido para um estabelecimento comercial de produção de alimentos. É inadmissível”, assevera.

Silva reitera que esse tipo de inspeção faz parte da rotina da Visa. “Fazemos isso todos os anos, e está tudo documentado”, garante. “Nós temos um cronograma a seguir. Nós não trabalhamos em função de ordem ou ideias que venham da prefeitura. O órgão que rege a Vigilância Sanitária é a Anvisa”, destaca.

Segundo ele, o estabelecimento foi autuado e tem um prazo de 10 dias para se adequar às normas. “Nosso intuito não é sair por aí fechando estabelecimentos. Nosso objetivo é orientar. Claro, em casos extremos, tomamos as devidas providências”, adverte o responsável pelo setor.

Caso, após o prazo, as adequações solicitadas não sejam cumpridas, o estabelecimento pode ser lacrado e a Visa pode cassar a licença de funcionamento.

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