12/03/2015

Veja quantos casos de dengue estão confirmados em Artur Nogueira e região

Somando as cidades de Artur Nogueira, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Limeira e Mogi Mirim já são mais de 5 mil pessoas infectadas

Os casos de dengue confirmados em Artur Nogueira passaram de 150 para 300 desde a última semana. Ao todo, 0,6% da população nogueirense foi contaminada com o vírus. Comparado com as cinco cidades que fazem divisa com o município o menor índice é de Cosmópolis (0,06%) e o maior de Mogi Mirim (1,5%). Uma força tarefa promovida pela Prefeitura de Artur Nogueira busca neutralizar focos e combater a proliferação do mosquito.

As cidades de Artur Nogueira, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Limeira e Mogi Mirim somam juntas 5.235 pessoas infectadas. Uma morte por dengue foi registrada em Limeira. Confira abaixo os casos divulgados pelas Secretarias de Saúde de cada município.

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Segundo o secretário de Saúde de Artur Nogueira, Aldo Todero, medidas já foram tomadas dentro do Pronto-socorro devido à demanda dos pacientes com suspeita. “Temos três médicos extras trabalhando para atender apenas os casos de dengue e também montamos duas barracas para acomodar as pessoas que estão com os sintomas”, explica.

Para entrar no banco de dados, o paciente que busca o Pronto-socorro passa por etapas de diagnóstico. A primeira é a triagem. Em seguida, ele é atendido pelo médico que o avalia. Caso esteja com sintomas é retirado do paciente uma amostragem de sangue que será encaminhada para a análise. De acordo com Todero, este resultado pode levar de uma a cinco horas, dependendo de quando o sangue for retirado, já que é preciso demanda.

Com o laudo em mãos o paciente é atendido de novo e então é dado o diagnóstico.

“Depois de seis dias ele volta pra fazer sorologia, aí é enviado para o Adolf Lutz [Laboratório de Campinas] e só depois de sete dias volta pra gente”, explica Todero. Nesse período, o secretário frisa que o principal tratamento a ser adotado é a hidratação do possível infectado, por isso a Secretaria deve passar a distribuir nos próximos dias um soro.

Combate

Na semana passada a Vigilância Sanitária (Visa) e a Secretaria de Saúde de Artur Nogueira começaram um arrastão para destruir os focos do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegyp, nas casas. As equipes receberam apoio da Guarda Civil Municipal (GCM), Brigada de Incêndio e Defesa Civil.

Ao todo são 30 pessoas divididas em quatro equipes passando de casa em casa. Segundo o secretário, não há mais focos grandes do mosquito, apenas incidências pequenas e que ficam nas residências. “Nós passamos em uma semana, quando voltamos na outra tem foco de novo. Então, na minha concepção, eu não entendo como a pessoa pode guardar o bandido na casa dela”, critica.

Além dos grupos, um carro nebulizador ronda a cidade às 3 horas para vaporizar um inseticida que mata o Aedes. Para Todero a situação só deve se reverter na segunda quinzena de abril.

Doença

O mosquito transmissor, Aedes Aegypti, vive e se reproduz em ambientes com água limpa. Qualquer local com capacidade de armazenamento mínimo – como um pote, uma tampa ou um plástico –, ao receber água da chuva, torna-se um espaço ideal para a proliferação e reprodução do Aedes.

Os mosquitos fêmeas podem colocar até 400 ovos por vez e estes são capazes de sobreviver até dois anos sem contato com a água. Mas logo que encontram condições favoráveis eles eclodem e dão continuidade ao ciclo de vida, deixando de ser larva e se tornando mosquito em no máximo 10 dias.

Após a picada, a doença pode se manifestar de duas formas: a clássica e a hemorrágica. Os sintomas da dengue clássica são febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas costas, com ou não aparecimento de manchas vermelhas no corpo. Em alguns pacientes podem ocorrer pequenas hemorragias na boca, urina e nariz. Já a dengue hemorrágica é mais grave. No início os sintomas são iguais aos da dengue clássica, mas após o quinto dia, infectados podem apresentar sangramento em vários órgãos e choque circulatório. Este tipo de dengue pode levar a pessoa a morte.


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