03/03/2015

Tarifa de luz aumenta mais de 20% em Artur Nogueira e região

Medida segue reajuste nacional. Alta passou a valer ontem

Devido a um reajuste extraordinário aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no dia 27 de fevereiro as contas de luz passaram a ficar mais caras no início desta semana.  Isso porque o sistema de Bandeiras Tarifárias, implantado desde janeiro deste ano, recebeu novos valores para as bandeiras amarelas e vermelhas.

Com a medida, a partir desse mês, as bandeiras vermelhas terão uma taxa extra de R$ 5,50 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) de energia usados. Antes a taxa era de R$ 3.

Já no caso de bandeira amarela, a taxa extra aplicada passa de R$ 1,50 para R$ 2,50.

Em nota divulgada no site da Anael a empresa explica que a medida facilita a gestão da energia domiciliar. “Com as bandeiras, a conta de energia passa a ser mais transparente e o consumidor tem a informação no momento em que esses custos acontecem”, apontam.

As bandeiras variam de mês a mês de acordo com o aumento no custo de produção de energia no país. As bandeiras verdes não recebem adicional porque apontam que a geração de energia naquele período não teve custo extra. Já a vermelha indica encarecimento de produção.

No mês de março a bandeira tarifária em vigor é a vermelha.

Segundo informa a assessoria da Elektro, os reajustes foram feitos devido aos aumentos nos gastos com setorial da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), geração de energia da usina de Itaipu e com os últimos leilões de compra de energia.

Reclamações

O reajuste foi desaprovado pelos nogueirenses. Apesar de não ajudar nas contas de casa, o estudante Bruno Gentil, de 23 anos, achou a medida ruim. “Eu acho complicado…mas é estranho estarem aumentando isso assim agora. Se antes eles produziam com x gastos porque agora é mais caro pra eles? “, questiona. Para o Gentil que vive em um sítio próximo ao Jardim Leonor o aumento não será fácil de ser arcado pela família. “A única coisa a fazer é tentar economizar a luz o quanto for possível.”

É que o aumento veio junto de outros ajustes no mercado. É que aponta a dona de casa Denilza Ap. Pires Janini, de 46 anos, que também considera o reajuste abusivo.

Para controlar os gastos ela diz que tem tirado dinheiro de outras despesas para aplicar nos aumentos, e que isso será feito no caso da energia. “Atualmente não consigo fazer mais aquelas poupanças para coisinhas emergenciais, o dinheiro que recebo já vai para as contas.”

Já dona Maria Silva, de 47 anos, enfatiza outros aspectos do reajuste que acredita prejudicarem a população. “Acho desonesto, indigno ao povo brasileiro que já vem sendo prejudicado durantes muitos anos por políticas que só sabem apertar o cinto mais pro lado da população. Na verdade eles falam em um aumento de 24,4% mais esse índice pode ser ainda maior segundo alguns especialistas, o reajuste extra da energia este ano pode chegar a 40% e ainda o ministro de energia pede pra população economizar, veja que a bomba sempre estoura nas mãos da população”, aponta. Para ela que vive no Jardim Planalto o grande problema está na má gestão dos recursos e vem muito antes da crise hídrica enfrentada no ano passado, outro aspecto que ela aponta como causador do problema. “Vai entrar ano sair ano e vai ser a mesma coisa o povo reclamando e as coisas só aumentado.”

Dona Maria paga a conta de luz da própria casa e da casa dos pais. Segundo ela no mês retrasado a fatura total foi de R$ 310, e no passado R$ 257. “Agora imagina como vai ficar minha situação com esse reajuste?”


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