09/04/2017

Suely Guidotti relembra história da Biblioteca Municipal de Artur Nogueira

Dia da Biblioteca: Suely Guidotti trabalha há 30 anos na área e fala do prazer de atuar na profissão

Leonardo Saimon

Nove de abril é considerada uma data especial para a maioria dos amantes da leitura. O ‘Dia da Biblioteca’ ficou conhecido após um decreto da Presidência da República estabelecido há aproximadamente 35 anos. O intuito é dar a devida importância à cultura, aos livros e às bibliotecas brasileiras. A equipe do Portal Nogueirense esteve na Biblioteca Pública de Artur Nogueira e conheceu a história de Suely Guidotti, que trabalha no local há 30 anos.

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A experiência da bibliotecária é marcada por histórias de quem vive no cerne do conhecimento. Sob a mesa da bibliotecária, relíquias! Assim, cadernos e documentos resguardam três décadas de dedicação. “A gente se entrega à profissão, né? Para mim, é bom. É uma forma de contribuir para que as pessoas tenham acesso a informação”, declara ela.

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Enquanto resgata detalhes de sua trajetória, ela olha para os milhares de livros distribuídos em prateleiras. Depois, pega um papel e uma caneta e faz um rabisco; em seguida, calcula e revela o número exato de publicações que a biblioteca dispõe. Atualmente, o local conta com 21.168 exemplares. Este número de amostras poderiam ser maior, caso não fosse feito a seleção cuidadosa e necessária do que deve ou não entrar no acervo. Parte deste, se não a maioria, foram adquiridos por meio de doações dos próprios moradores.

Tudo, no entanto, começou em uma sala da Prefeitura. Logo depois, os livros foram transferidos para o prédio na Avenida Fernando Arens, onde esteve o antigo Grupo Escolar Francisco Cardona. A Biblioteca ficou no centro até 2011, quando o prédio foi fechado para uma reforma, que até hoje não aconteceu.

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Atualmente, a Biblioteca Municipal de Artur Nogueira está localizada na rua Adhemar de Barros.

Os títulos variam e os livros tratam de tudo um pouco. Da ‘religião’ à temática ‘infanto-juvenil’, o que não falta é pluralidade de assuntos. A enciclopédia do ‘reino animal’ é uma das relíquias do local. Datado há pelo menos trinta anos, esta enciclopédia é um dos acervos mais antigos do local.

Para emprestar quaisquer publicações, é preciso fazer um cadastro que exige o porte de R.G. e comprovante de residência. Cada morador pode alugar somente um livro no período de dez dias. Porém, nem todos os títulos estão liberados para empréstimo.

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Uma vez que nem todos os livros podem ser emprestados, a estrutura se mostra limitada para atender os moradores. Com alguns poucos ventiladores, o espaço é abafado e não há local adequado para leituras, tanto para adultos quanto para crianças. Estes problemas, aliados ao advento da internet, têm atraído cada vez menos o público. Hoje, o espaço ainda é visitado por grupos de alunos acompanhados de professores, mas tem potencial para ser explorado ainda mais. Suely acredita nisso.

A fim de tornar o local mais atrativo, o Acessa São Paulo passou a integrar o prédio. Os moradores podem ter acesso, gratuito, à internet para realizar pesquisas. No ‘Dia da Biblioteca’, Suely apela aos nogueirenses que conheçam e visitem o prédio municipal na busca pelo conhecimento. Pois, apesar das novas tecnologias, o ambiente também guarda muitas histórias, sendo, dessa forma, um museu da informação.

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