Suely Guidotti relembra história da Biblioteca Municipal de Artur Nogueira
Dia da Biblioteca: Suely Guidotti trabalha há 30 anos na área e fala do prazer de atuar na profissão
Leonardo Saimon
Nove de abril é considerada uma data especial para a maioria dos amantes da leitura. O ‘Dia da Biblioteca’ ficou conhecido após um decreto da Presidência da República estabelecido há aproximadamente 35 anos. O intuito é dar a devida importância à cultura, aos livros e às bibliotecas brasileiras. A equipe do Portal Nogueirense esteve na Biblioteca Pública de Artur Nogueira e conheceu a história de Suely Guidotti, que trabalha no local há 30 anos.
A experiência da bibliotecária é marcada por histórias de quem vive no cerne do conhecimento. Sob a mesa da bibliotecária, relíquias! Assim, cadernos e documentos resguardam três décadas de dedicação. “A gente se entrega à profissão, né? Para mim, é bom. É uma forma de contribuir para que as pessoas tenham acesso a informação”, declara ela.
Enquanto resgata detalhes de sua trajetória, ela olha para os milhares de livros distribuídos em prateleiras. Depois, pega um papel e uma caneta e faz um rabisco; em seguida, calcula e revela o número exato de publicações que a biblioteca dispõe. Atualmente, o local conta com 21.168 exemplares. Este número de amostras poderiam ser maior, caso não fosse feito a seleção cuidadosa e necessária do que deve ou não entrar no acervo. Parte deste, se não a maioria, foram adquiridos por meio de doações dos próprios moradores.
Tudo, no entanto, começou em uma sala da Prefeitura. Logo depois, os livros foram transferidos para o prédio na Avenida Fernando Arens, onde esteve o antigo Grupo Escolar Francisco Cardona. A Biblioteca ficou no centro até 2011, quando o prédio foi fechado para uma reforma, que até hoje não aconteceu.
Atualmente, a Biblioteca Municipal de Artur Nogueira está localizada na rua Adhemar de Barros.
Os títulos variam e os livros tratam de tudo um pouco. Da ‘religião’ à temática ‘infanto-juvenil’, o que não falta é pluralidade de assuntos. A enciclopédia do ‘reino animal’ é uma das relíquias do local. Datado há pelo menos trinta anos, esta enciclopédia é um dos acervos mais antigos do local.
Para emprestar quaisquer publicações, é preciso fazer um cadastro que exige o porte de R.G. e comprovante de residência. Cada morador pode alugar somente um livro no período de dez dias. Porém, nem todos os títulos estão liberados para empréstimo.
Uma vez que nem todos os livros podem ser emprestados, a estrutura se mostra limitada para atender os moradores. Com alguns poucos ventiladores, o espaço é abafado e não há local adequado para leituras, tanto para adultos quanto para crianças. Estes problemas, aliados ao advento da internet, têm atraído cada vez menos o público. Hoje, o espaço ainda é visitado por grupos de alunos acompanhados de professores, mas tem potencial para ser explorado ainda mais. Suely acredita nisso.
A fim de tornar o local mais atrativo, o Acessa São Paulo passou a integrar o prédio. Os moradores podem ter acesso, gratuito, à internet para realizar pesquisas. No ‘Dia da Biblioteca’, Suely apela aos nogueirenses que conheçam e visitem o prédio municipal na busca pelo conhecimento. Pois, apesar das novas tecnologias, o ambiente também guarda muitas histórias, sendo, dessa forma, um museu da informação.
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