Situação da rodoviária de Artur Nogueira gera reclamações

A Rodoviária Municipal de Artur Nogueira começou a ser construída na gestão do prefeito Jacob Stein e foi concluída pelo prefeito Atílio Arrivabene, no início da década 70. Mas em todo este período o prédio nunca passou por grandes reformas. Moradores de Artur Nogueira têm reclamado constantemente do estado em que se encontra a estrutura atualmente.

Hoje a pintura do espaço descasca e os pombos fazem ninhos nas vigas, sujando a estrutura e até pessoas que esperam pelo ônibus. O local não conta com bancos adequados e tem apenas uma lanchonete pequena. Os vasos sanitários também não possuem tampas e comumente o local está sujo ou fedido. Ana Maria, que tem 43 anos, disse que já encontrou camisinhas e calcinhas jogadas lá e só usa os banheiros “em caso de emergência”.

Mesmo contando com a passagem de centenas de pessoas pelo espaço, parece que a rodoviária foi abandonada no tempo.

Maria Aparecida morava em Artur Nogueira e se mudou para Engenheiro Coelho em 2011. Ela compartilha do pensamento de Ana. “Não me sinto segura aqui. Tenho medo de roubo, ainda mais do jeito que está aqui. Em Engenheiro Coelho não é muito melhor, pelo menos lá tem policial o tempo todo”, aponta.

Em 23 de janeiro de 2012 o Portal Nogueirense publicou uma matéria em que a Secretaria Municipal de Obras afirmava que havia um projeto para construção de uma nova rodoviária desde outubro de 2011 e que aguardava apenas o “início do processo licitatório”.

Foi publicado na época:

O projeto foi orçado em R$ 800 mil e determina a construção do novo prédio no final da Rua dos Expedicionários, próximo a região central da cidade, na saída para a rodovia SP-332, sentido Engenheiro Coelho. O prédio terá mil e cem metros quadrados de construção. 

Segundo o prefeito Celso Capato a Prefeitura nunca adquiriu essa área. “Esses terrenos são particulares e eu não vi nenhuma desapropriação de área”, aponta. De acordo com ele, com a crise em que o município vive as prioridades de trabalho foram saúde e educação e, por isso, a rodoviária ficou de lado. No entanto, ele aponta que há interesse em criar uma parceria-público-privada para melhorar a situação do espaço. “Eu pretendo fazer um projeto de colocar um edital de parceria-público-privada. Ou seja, que uma empresa venha e faça a rodoviária e a explore por determinados anos. Eu já cheguei a consultar VB e Princesa, mas não encontrei um ânimo tão grande.”

Em relação ao estado dos banheiros, Capato aponta que o principal problema é o vandalismo, pois a prefeitura faz manutenção regularmente.