02/01/2016

Profissionais de Artur Nogueira dão dicas para cumprir as promessas de ano novo

ENTREVISTA: Saiba como emagrecer de verdade, ganhar mais dinheiro, arrumar o emprego dos sonhos ou simplesmente melhorar a vida.

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Emagrecer, viajar, praticar exercícios, ler mais, sair do aluguel são promessas comuns feitas na virada do ano. Porém, nem todos conseguem levar elas até o fim, correndo o risco de chegar em dezembro com a frustração de mais uma vez não ter alcançado os objetivos. Mas por que isso acontece? A psicóloga Valéria de Souza Cruz explica que com a rotina os objetivos vão sendo esquecidos e o entusiasmo diminuído. “Às vezes até esquecemos de nós mesmos, quanto mais das nossas promessas e dos nossos objetivos de mudança. Para ter novas atitudes precisamos nos desapegar de hábitos viciosos, e isso não é nada fácil, o que pode levar a perda da autoconfiança e resignação”, aponta.

Para que 2016 seja um ano diferente, o Portal Nogueirense listou as promessas mais comuns feitas na virada e as levou para profissionais de quatro áreas a fim de darem uma mão no novo ano.

Quem responde as dúvidas são a nutricionista Itamara Belluzzo, o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Luiz Fernando Alves Rosa, a psicóloga e coach com foco em gestão de pessoas e resultados, Fabiana Balieiro, e a psicóloga Valéria de Souza Cruz, proprietária de uma clínica que oferece atendimento multidisciplinar em saúde mental.

Por que nem sempre conseguimos cumprir as promessas de ano novo?
Valéria: Quando celebramos o início de um ano, somos tomados por algo de original, de misterioso, porque ainda é desconhecido. E isto está sempre ligado ao desejo de ser uma nova pessoa, ou comportar-se de modo novo. Muitos têm até o hábito de usar uma roupa nova na passagem do ano, é como um encorajamento, um ato simbólico de ser e viver  novas possibilidades de vida!  Os motivos pelos quais nem sempre conseguimos cumprir nossas promessas reside no fato de que ao longo do tempo o entusiasmo vai diminuindo, somos tomados pela rotina e pela correria da vida, na qual, às vezes até esquecemos de nós mesmos, quanto mais das nossas promessas e dos nossos objetivos de mudança. Para ter novas atitudes precisamos nos desapegar de hábitos viciosos, e isso não é nada fácil, o que pode levar a perda da autoconfiança e resignação.

De que forma devemos educar nossa mente para chegar às metas traçadas?
Valéria:
As boas intenções muitas vezes servem para tranquilizar nossa consciência, Então precisamos estabelecer metas possíveis de realização sem ilusões. É necessário decidir qual área de nossa vida precisa de mudança, seja a área profissional, pessoal, interpessoal, etc., o que realmente buscamos? Depois, é preciso coragem, porque dependendo das metas traçadas por vezes é difícil realizá-las sozinho e por isso em algum momento talvez seja necessário a ajuda de um profissional. Para a realização de boas intenções precisamos ser firmes nas coisas simples, pequenas mudanças no dia a dia, fazem muita diferença, chegar as metas é um processo contínuo de escolhas e decisões diárias. Desenhar um projeto de vida contribui e muito para sairmos do que chamamos “piloto automático”, para isso precisamos tomar consciência de cada situação vivida e daquilo que realmente se quer e se espera. Isso exige o despertar da percepção sobre o ambiente em que vivemos, exige mudança de pensamento e principalmente força espiritual, pois sem fé e persistência nenhuma meta é alcançada.

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Há uma frase que diz que se queremos organizar nossa vida, devemos começar organizando uma gaveta. Como aplicar isso para as metas de 2016?
Valéria:
Começar organizando uma gaveta é uma metáfora de que algo precisa ser arrumado, ou transformado, aquilo que não se transforma fica velho e mofado. Para aplicar esta metáfora podemos refletir sobre o ato em si, pois ao organizarmos uma gaveta enxergamos coisas que as vezes não tem mais sentido estarem ali ou serem guardadas. Esta atitude é que dará espaço para novas possibilidades de mudança em nossas vidas, precisamos nos desapegar de coisas, relações, de fases da vida, para darmos um passo em direção à uma nova fase que nos espera. Por exemplo, quando nos aposentamos do trabalho, precisamos nos despedir de uma rotina que vivemos por mais de 30 ou 40 anos e que agora não cabe mais na “gaveta da vida”. Fica claro que para o novo ano é necessário refletir sobre o que guardar ou não como uma estratégia que nos permitirá alcançar as metas traçadas e tomar consciência dos possíveis caminhos e sonhos para uma vida mais satisfatória.

Há quem queira encontrar um amor em 2016. Mas isso nem sempre é uma tarefa fácil. Quais os conselhos para quem quer começar um relacionamento duradouro?
Valéria:
Para quem quer iniciar um relacionamento duradouro é preciso compreender o outro de modo objetivo, pois geralmente enxergamos nossos parceiros através dos “óculos” de nossas projeções negativas, ou seja, de nossas expectativas e de nossas fantasias em relação ao que precisamos. Quando encontramos alguém devemos enxerga-lo com “bons olhos”, isto não significa que deixamos de ver seus aspectos negativos, trata-se de uma capacidade empática de abrir-se ao outro como ele é, e não como eu gostaria que ele fosse. Hoje em dia muitas relações conjugais não dão certo pela falta de abertura ao outro, a pessoa fecha-se em si mesma e tem medo de entregar-se e entregar-se na relação. Entregar-se não significa abandonar-se, sem entrega não há confiança, sem confiança não há tolerância. Reside um risco na entrega, que é sair da minha segurança pessoal. Essa entrega permite a experiência de compartilhar a vida sem controlar o outro, lembrando que compartilhar a vida é uma construção ao longo de crises superadas, conflitos irresolúveis aceitos, além do conhecimento, reconhecimento e respeito a individualidade de cada um.

Qual a melhor forma de começar uma dieta e cumpri-la?
Itamara:
Em primeiro momento, é importante não colocar metas curtas e que tenham dia certo para começar e terminar. A reeducação alimentar deve apenas ter uma data de início e deve ser seguida para vida toda. É muito importante tirar do vocabulário a palavra ‘’dieta’’, pois ela remete a sofrimento, proibições, sensações de fome, dores de cabeça, mal estar, entre outras coisas desagradáveis – frisa – sempre coloco para meus pacientes que eles estarão seguindo um plano alimentar, e como todo plano ele dará certo se as estratégias e dicas forem colocadas em prática. No plano alimentar já são previstos os deslizes e como se comportar diante dele, os alimentos e quantidades permitidas para o final de semana (pois na dieta não pode pizza, chocolate e Reeducação Alimentar, nos ensinamos o momento e a quantidade certa para que esses alimentos possam fazer parte da alimentação do paciente). Sobre conseguir cumprir o plano alimentar é de extrema relevância que o paciente queira o processo, e não venha forçado pelo pai, mãe, namorado, chefe, etc, pois na hora de tomar as decisões positivas e condizentes com o seu objetivo é sua determinação e vontade de querer o objetivo que tem que falar mais alto. E o plano alimentar por apresentar todos os alimentos não gera esse sentimento de nunca mais poder comer e torna o processo muito mais leve e simples e se torna sustentável, uma vez que dietas são insustentáveis em longo prazo.

Nas festas de final de ano quase sempre exageramos. Como correr atrás do prejuízo?
Itamara:
Primeiramente não se deve pensar no que fazer depois das festas e sim o que você pode fazer antes das festas, já parou para pensar nisso? Pare e pense: a ceia é apenas dia 25 de dezembro após a meia-noite, por que então até o dia 25 não seguir o seu plano alimentar normalmente? E após a ceia de natal não se deve pensar apenas em compensar e sim em seguir o que é proposto por você durante os demais dias do ano. Estratégias de compensação excessivas podem desencadear futuros transtornos alimentares como anorexia, bulimia, compulsão alimentar. Evitar o prejuízo é pensar parar de pensar em exageros, uma vez que no plano alimentar de Reeducação Alimentar tudo pode, desde que planejado. Quem come o suficiente, até se sentir satisfeito, não precisa pensar em compensar no dia seguinte.

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Deixar tudo para o “projeto verão” pode ser prejudicial?
Itamara: Como citado acima, projetos com dia certo para começar e terminar favorecem o reganho de peso por de reforçar a ideia de restrição x abuso. Temos que pensar em saúde o ano todo, temos que estar bem conosco sempre. Porque querer estar bem 3 meses e 6 meses não? Projetos cursos repetidos com muita frequência criam traumas alimentares e não melhoram seu comportamento alimentar. Um conceito muito mal infundido na nossa sociedade hoje é o dos alimentos permitidos e proibidos, os certos e errados, e quando pensamos em projetos a curto prazo abrimos mão de alimentos que nos dão prazer e que na verdade não são errados de serem consumidos, mas talvez a quantidade e frequencia de consumo esteja equivocados. Abrir mão de alimentos que nos dão prazer, aumentam nossa ansiedade e o pensamento em comer, por isso quando o último dia da dieta do verão termina qualquer um está desesperado para comer e não consegue comer apenas um ou dois e come em exagero. Não seria muito mais inteligente comer 20 gramas de chocolate 2 vezes na semana do que 1 vez no mês comer 170 de uma única vez? Não se deve reforçar que nutricionistas proíbem, nos apenas ensinamos e orientamos opções mais saudáveis, mas dentro do equilíbrio e distribuição adequados todos os alimentos são permitidos.

Para quem nunca praticou exercícios e quer pegar o ritmo em 2016, qual a melhor forma de começar?
Itamara:
É muito importante procurar um profissional da área de educação física para ser orientado sobre quais exercícios, frequência e intensidade serão realizados. Mas de maneira geral para quem até então não fazia nada, comece com algo mais leve, e aos poucos vá optando por exercícios mais intensos e que favoreçam seu objetivo (eliminação de peso, ganho de massa magra, definição, etc), embora o foco do exercício deve ser por saúde e qualidade de vida, o reflexo dele na estética é consequência. Quando focamos muito no resultados, esquecemos de dar importância para as estratégias que precisam ser executadas diariamente que que ele se concretizem. E lembre-se que nem sempre mais e menor, foque na qualidade do seu exercício. É muito importante seguir um plano alimentar adequado a sua rotina de treino, seja para uma simples caminhada ou para um treino de cross fit, por exemplo, a alimentação faz toda diferença. Evite realizar atividades físicas em jejum.

Viajar para o exterior está entre os maiores sonhos de consumo dos brasileiros. No entanto, muitos não abrem mão, claro, da ideia de adquirir um carro e a casa própria. Afinal, com tantos sonhos, como é possível organizá-los para torna-los financeiramente viável?
Luiz Fernando: Há um juiz federal chamado Willian Douglas que tem um “mantra” de que gosto muito e que, acho, cabe bem aqui: “a diferença entre o sonho e a realidade é a quantidade certa de tempo e trabalho”. Os sonhos são o combustível da vida, mas infelizmente a maior parte dos brasileiros passa pela vida sem realizá-los. A razão disso é que passamos mais de 12 anos nos bancos escolares sem que nos seja oferecida uma necessária educação financeira. Não há uma receita pronta para a conquista dos objetivos pessoais, até porque os sonhos mudam de pessoa para pessoa e depende muito do que cada um entende como importante em sua vida. Creio, contudo, que as pessoas realizariam seus sonhos mais facilmente se dominassem três regrinhas básicas da educação financeira: a lei do ganhar, a lei do poupar e a lei do investir. De modo muito simples é o seguinte:

LEI DO GANHAR – Não se preocupe em ganhar dinheiro, preocupe-se em ser bom em alguma coisa, preocupe-se em encontrar o seu lugar no mundo, aquilo que você gosta tanto de fazer que faria até de graça. Se você conseguir descobrir isso, o dinheiro virá como uma consequência.

LEI DO POUPAR – Não importa tanto quanto você ganha, mas sim quanto você consegue guardar. Eu costumo brincar que a pessoa deve pagar um “dízimo” para si mesma todo mês. Esse dinheirinho é sagrado, deve ser separado antes de qualquer gasto ou pagamento do mês e é esse “tantinho” religiosamente guardado a cada mês que vai “bancar” os sonhos financeiros como viagens, carro, casa ou simplesmente uma aposentadoria tranquila.

LEI DO INVESTIR – Esse dinheirinho poupado à base de muito suor e lágrimas precisa “crescer”, para isso é fundamental fazer bons investimentos, nada de deixar o dinheiro apenas na caderneta de poupança ou, pior, debaixo do colchão. Só que para investir bem é preciso conhecimento e aí entra um aspecto não tão óbvio da lei do investir. A pessoa deve, além de dinheiro, investir parte do seu tempo diário estudando para aperfeiçoar a si mesma. O estudo deve ser permanente e deve ser “aplicado” sob dois aspectos: para continuar “melhorando” naquilo que você gosta de fazer, e para educar-se financeiramente e aprender a lidar com o dinheiro. Hoje em dia, graças à internet, o acesso a estes conhecimentos foi muito democratizado, de modo que qualquer um que esteja nos lendo (online) pode sempre aprender um pouquinho mais.

Com a crise que tem agravado a situação financeira das famílias, quais estratégias são possíveis adotar para aumentar a renda familiar e ter um ano novo com mais dinheiro no bolso?
Luiz Fernando: Eu penso que em tempos de crise é preciso olhar primeiro para a coluna das despesas. A melhor estratégia que as famílias podem adotar para terem um ano novo financeiramente tranquilo é controlar o seu consumo e organizar suas contas. Num ano de crise econômica, com a economia despencando 3% em 2015, num ambiente de muita confusão política e com pouca perspectiva de uma saída com retomada do crescimento econômico não é uma boa ideia ficar endividado. Por isso, a melhor atitude para iniciar o ano com o pé direito é organizar as contas, organizar o orçamento pessoal e familiar, entender quanto entra e quanto sai mensalmente do bolso, planejar-se para reduzir o peso das compras parceladas e, sobretudo, repensar o seu estilo de vida. Numa perspectiva filosófica clássica, a crise é por definição um momento oportuno para repensar os valores e a vida. Tenho dito que para muitos, embora este Natal talvez tenha que ser mais modesto e a ceia menos farta, este fim de ano pode ser a oportunidade de redescobrir que as coisas que realmente importam na vida são de graça.

Ganhar mais dinheiro vem num segundo momento, até porque mais importante do que ganhar dinheiro é ganhá-lo fazendo algo de que se goste. Insisto, mais uma vez, que é preciso investir tempo de estudo para descobrir o que se gosta de fazer e para tornar-se muito bom nisso. Se você conseguir descobrir algo que goste muito de fazer e que as pessoas precisem, o dinheiro virá como um desdobramento natural. Sei que esta não é a resposta mágica que muitos gostariam de ouvir. Infelizmente esta resposta mágica, eu não a tenho, mas acho que esse pode ser um excelente propósito de ano novo: “em 2016 eu finalmente vou descobrir aquilo que realmente gosto de fazer e vou trabalhar para me tornar muito bom nisso”.

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O cartão de crédito é, de alguma forma, um aliado neste processo de economia financeira? Quais dicas você daria para quem deseja usar melhor este recurso em 2016?
Luiz Fernando – Olha, num mundo ideal eu diria que você deve fugir do cartão de crédito como o diabo foge da cruz, mas numa economia “bancarizada”, como a nossa, isso não é muito viável. O grande problema do cartão de crédito é que ele nós dá a falsa impressão de que nosso poder de compra é maior do que realmente é. A possibilidade e facilidade de parcelar as compras no cartão muitas vezes funcionam como uma “arapuca” que destrói qualquer orçamento financeiro, afinal uma “parcelinha tão pequena sempre cabe no orçamento”, o problema é quando a soma de várias parcelinhas “engole” o orçamento inteiro e o dono do orçamento junto.

O natural e financeiramente mais saudável seria pagar as compras sempre à vista. Se você sempre paga à vista nunca gastará além do que pode pagar. Além disso, pagando à vista existe a possibilidade de “pechinchar” e fazer um negócio melhor. Obviamente alguns bens de consumo durável, como os eletroeletrônicos, pelo valor mais elevado ficariam inacessíveis para muita gente se não houvesse o crédito. Ainda assim, é sempre bom perguntar se não vale a pena juntar o dinheiro primeiro para só depois comprar (e com desconto). Essa decisão é de cada um e depende do caso, tem casos em que dá pra esperar, tem casos que não dá. Se a pessoa decidir comprar parcelado, o cartão de crédito desburocratiza o processo e permite comprar em qualquer lugar do planeta. Também facilita muita as compras pela internet. Contudo, parcelar “rima” com planejar, de modo que é preciso programar o pagamento dos meses posteriores, para que as parcelinhas não se tornem enormes bolas de neve.

O que não se deve fazer jamais é utilizar o recurso do “pagamento mínimo” da fatura. Isso porque os juros rotativos do cartão de crédito são os mais abusivos do mercado, passando de 300% ao ano. Nesse caso sim, fuja do rotativo do cartão de crédito como o diabo foge da cruz. O mais seguro mesmo é deixar o cartão de crédito quietinho na carteira, quase que como uma “carta na manga” que te ajuda a resolver problemas imprevistos ou um “facilitador” que te ajuda a simplificar as compras a crédito. Use, portanto, com moderação.

É muito comum as pessoas permanecerem em empregos nos quais não se sentem satisfeitas. Afinal, como conseguir um trabalho em que se tenha maior afinidade e proporcione o sentido de realização?
Fabiana: Um número muito alto dessa insatisfação no ambiente de trabalho se dá pela falta de conhecimento e alinhamento, do colaborador/funcionário com seus objetivos de vida e as políticas da empresa. Pode-se ter uma ótima empresa, com clima agradável, rotina de trabalho estruturada, os melhores benefícios e remuneração e mesmo assim o colaborador não estar satisfeito.  Isso porque satisfação ou insatisfação é um conceito muito subjetivo que varia de indivíduo para indivíduo e envolve valores, sonhos e crenças. Assim, o autoconhecimento é a chave para a satisfação tanto pessoal quanto profissional. Profissionalmente falando é preciso estar atento a alguns fatores:

1º. Faça o que gosta, conheça suas habilidades: e aqui é onde muitos erram, desempenhando funções apenas pelo salário, mas que não condizem com sua personalidade (introvertida, extrovertida), habilidades (artes, número, escrita, comunicação, organização, planejamento).  Um exemplo: é pouco provável que uma pessoa extrovertida com tino comercial sinta-se realizada em meio a máquinas ou trancada em uma sala lidando com papéis.

2º. Esteja em uma empresa que condiz com seus valores de vida, e se não estiver, se planeje e caia fora! Gaste suas energias com algo que realmente é importante para você, que agregue significado a sua vida e te faça um ser humano melhor. Por mais que você “vista a camisa” da empresa com todo o seu coração, saiba que ela não é tua e que existem mudanças que devem partir do dono dela. Certo que, se você tiver liberdade e autonomia para discutir tais mudanças com seu patrão: ótimo! Pode ser que você o ajude e que a situação mude, mas saiba reconhecer quando está “dando murro em ponta de faca”. Lute pelo que você acredita, mas esteja ao lado de pessoas com os mesmos ideais que você.

3º. Não se acomode, estabeleça metas individuais e aprenda sempre: faça do aprendizado a melhor parte da sua remuneração, pois é desse aprendizado que você evoluirá profissionalmente.  Explore todas as possibilidades, busque sempre ser melhor que ontem, não espere alguém entregar metas e lhe pronunciar elogios, as estabeleça para si próprio, estabeleça também seus motivadores internos e se desafie sempre. Você será um profissional fantástico ao se nomear patrão de si mesmo e será também o responsável pelo seu sucesso, ou fracasso. Pare de esperar, faça acontecer!

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Em tempos de distrações constantes, como melhorar a produtividade para garantir um ano novo de grandes resultados no trabalho?
Fabiana: Aqui irei usar uma frase que gosto muito: “motivo pessoas, alcanço resultados”. A motivação é fundamental para manter ou aumentar a produtividade e engajar pessoas a um objetivo comum. Pessoas engajadas possuem foco, determinação e disciplina, o que ao meu ver é mais do que suficiente para alcançar grandes resultados. Uma empresa precisa saber o que motiva seu colaborador de forma geral e no individual e usar essa ferramenta para incentivá-lo, mas o colaborador também precisa criar estratégias próprias de motivação, criando assim uma relação “ganha-ganha”.

Uma das principais críticas sobre o ambiente de trabalho diz respeito ao relacionamento pessoal. De que forma é possível melhorar a integração entre os colegas e garantir que o próximo ano seja de harmonia nas relações de trabalho?
Fabiana: Relacionamento pessoal é algo complexo, principalmente dentro de organizações, porém, quando esta possui bem definido o nível hierárquico, as funções, obrigações, deveres e direitos de cada colaborador, tratando todos como parte de algo muito maior e coeso, sem práticas discriminatórias ou o famoso “puxa-saquismo” cria-se um ambiente de fácil diálogo entre pessoas e setores. O dialogo saudável e construtivo juntamente com a transparência é a base para empresas e pessoas que prezam pelo bom relacionamento pessoal.

Qual a forma mais eficaz de estabelecer e cumprir metas? A propósito, a tal ‘listinha’ ainda funciona?
Fabiana: A listinha ou qualquer outro meio de materializar um objetivo funciona sim, desde que seja acompanhada de muita disciplina. Hoje existem ferramentas e profissionais que auxiliam as pessoas a planejar e alcançar um objetivo/meta, são os chamados coach de vida, de carreira, de relacionamento, bem estar e outras áreas. O bom dessas ferramentas e que são simples e de alto impacto e o próprio cliente passa a ter domínio delas após pouco tempo de contato podendo aplicá-las nas mais variadas situações de vida. Uma dica que dou (como psicóloga e coach) é que o cliente estabeleça sua meta de trás para frente e a fracione em etapas menores trazendo para o tempo presente a atitude inicial a ser tomada e executando as etapas posteriores passo a passo, de forma simples e leve, até que a meta total seja atingida no tempo determinado.


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