Professores de Artur Nogueira paralisam contra reforma da Previdência
Concentração dos manifestantes ocorreu hoje (15) pela manhã em frente à escola estadual Magdalena
Daniela Fernandes / Leonardo Saimon
Os professores de duas escolas estaduais de ensino paralisaram nesta quarta-feira (15). O objetivo é manifestar contra a reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional e reivindicar reajuste salarial imediato para toda a categoria. A mobilização foi anunciada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e chegou a Artur Nogueira.
“Artur Nogueira teve um rombo de R$ 145 milhões na Previdência. Para onde foi este dinheiro? Leme (SP) foi premiada porque fechou as contas da Previdência em superávit”, questiona a diretora da escola estadual Magdalena, Gilmara Gomes. A educadora também reforça que o grupo é de caráter apartidário.
A concentração dos manifestantes ocorreu hoje (15) pela manhã em frente à escola estadual Magdalena. Alunos da escola Falcone também participaram do ato. Os manifestantes devem seguir rumo à Câmara Municipal. Assim, uma viatura da Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada , segundo os agentes, para garantir a segurança do manifesto.
“Eu acredito que, indo pra rua, a gente possa conseguir mudar alguma coisa. Nenhum protesto é em vão. A gente vai precisar começar a trabalhar com 15, 16 anos para consegui se aposentar? Acho isso errado”, declararam as estudantes Sara Gabriele e Poliana Medeiro, da escola Falcone.
Estudantes de escolas estaduais aderem a paralisação
Apesar do movimento estar mobilizando diversos profissionais em todo o país, principalmente na área da Educação, a maioria das escolas estaduais de Artur Nogueira não aderiram ao movimento. A caminhada, entretanto, tem atraído olhares de moradores simpatizantes ao movimento.
Outros professores de Artur Nogueira foram até a capital paulista para participarem de uma Assembleia Estadual que acontecerá durante a tarde desta quarta-feira (15), na Praça da República. Além de se posicionar contra a reforma da Previdência e exigir reajuste de salários, a classe lutará contra a retirada de disciplinas do Ensino Médio, contra o golpe e os retrocessos, além de buscar a garantia dos direitos de todos os professores, aplicação da jornada do piso, reabertura de classes fechadas, aumento dos auxílios e vales dos educadores, entre outros.
Gilmara Gomes discursa antes da passeata de manifestação
Reforma da Previdência
A reforma da Previdência diz respeito a uma série de medidas proposta pelo Governo Federal sob a alegação de que as contas do setor sinalizam um rombo de R$ 150 bilhões. Uma das propostas do governo fixa idade mínima de 65 para requerer aposentadoria e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. O Governo afirma que trabalhadores que já deram entrada na aposentadoria não serão afetadas.
Artur Nogueira
Durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Artur Nogueira dessa segunda-feira (13), o vereador Professor Adalberto (PSDB) apresentou a sentença de um auditor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) que aponta 21 inconsistências no Fundo de Previdência Municipal de Artur Nogueira (Funpreman). Além disso, o documento revela que, entre 2011 e 2014, o fundo saiu de um superávit de R$ 60 milhões e contraiu para um déficit de R$ 80 milhões.
Segundo o vereador, o parecer ainda apresenta os saldos do Funpreman até 2014, revelando uma variação negativa de aproximadamente R$ 140 milhões em quatro anos. Adalberto (PSDB) leu os seguintes resultados: em 2011, o fundo registrou superávit de R$ 60.129.805,77; em 2012, superávit de R$ 3.366.076,99; em 2013, superávit de R$ 12.272.062,76; e em 2014, déficit de R$ 81.941.411,52.
Assista ao vídeo do começo da manifestação:
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