Pedestres reclamam das condições da passarela da Parada

Rafaela Martins

Os moradores da Parada em Artur Nogueira reclamam das atuais condições da única passarela existente no bairro. Obras iniciadas no local estão paralisadas e dificultam a vida dos pedestres que precisam atravessar a Rodovia Zeferino Vaz (SP-332), no km 159.

A revitalização da passarela está parada há dois anos. De um lado, a rampa de acesso está finalizada, mas do outro há apenas uma escada de metal.

A concessionária Rota das Bandeiras, responsável pelo trecho, fechou com alambrados o meio da via para impedir a travessia de pedestres pela rodovia. Sendo assim, a única forma de atravessar a pista é através do uso da passarela.

Segundo Edson Dias, morador do bairro, a passagem é incompatível com idosos e deficientes. “Essa escada tem que sair daí. Eles têm que terminar essa passarela. Minha esposa, por exemplo, tem problema de saúde e faz tratamento na Unicamp. Quando ela chega com a van do outro lado da pista ela encontra muitas dificuldades em descer a escada, já que ela mal consegue andar. Não só ela, mas todos os moradores do bairro, principalmente os idosos”, explica o morador.

Outra reclamação que é apresentada pelos pedestres que ali passam é a falta de iluminação do local. Para Andreia Lisboa, os riscos são grandes. “Nós temos esse constrangimento, pois não temos uma passarela decente. Corremos o risco de sermos assaltados em uma passagem cheia de buraco e sem iluminação. Então, o que queremos é apenas o básico”, afirma.

Além de dificultar a vida dos moradores, os comerciantes ainda reclamam sobre o empecilho que a paralisação das obras causa tanto para os clientes quanto para funcionários. Esse é o caso do comerciante Dorival Mariotto. “O que pedimos é que pelo menos arrumem a passarela ou a situação da escada para que as pessoas passem. Minha funcionária pediu demissão porque não tinha condições de passar todos os dias pela passarela”, reclama Dorival.

Segundo a assessoria de imprensa da Rota das Bandeiras, a reforma na passarela está paralisada por um entrave jurídico. O antigo proprietário da área tem discutido com o Estado a indenização pela desapropriação do local. Por esse motivo, segundo a Rota das Bandeiras, enquanto não houver uma definição da Justiça, a empresa não poderá prosseguir com as melhorias no local.

Ainda segundo a concessionária, o plano de recuperação da passarela foi feito justamente para garantir a acessibilidade de deficientes físicos e idosos, com a criação de rampas de acesso. As mesmas melhorias já foram feitas em outras quatro travessias da SP-332 e em uma passarela da D. Pedro I (SP-065).

Fotos: Gregory Pereira