OPINIÃO: Aquino quer ser imortalizado pelos Fractais Aquinianos

Por Tomás de Aquino

Durante minha trajetória pelo mundo da Arte, que teve início no começo da minha infância, tive o privilégio de conhecer pessoalmente dois renomados artistas pintores e desenhistas da minha época: Alfredo Lauria e Glória Rocha, ambos com seus nomes gravados na história da Arte Nacional.

Além de conhecê-los, tive a valorosa oportunidade de tê-los como mestres e orientadores, tanto no desenho como na arte da pintura. Foi apenas o começo de uma carreira que por muito tempo alicerçou minha sobrevivência, principalmente quando comecei a retratar pessoas com óleo sobre tela. Passei por várias escolas e conheci muitos estilos de pintura, durante muito tempo persisti em aprimorar uma técnica exclusivamente pessoal e nova, tarefa dificílima quando não acontece naturalmente e temos que inventar uma caligrafia artística só nossa.

Desenvolvi muitas técnicas adaptadas ao meu gosto particular, mas em todas, nunca me dava por satisfeito e intuitivamente sabia que ainda estava para encontrar meu caminho natural e único. Entre tentativas e experiências fui percebendo que uma coisa surgia espontaneamente e com fluência, eram fragmentos fortes e fracos que se repetiam como cacos de um mosaico ou como vidros de um vitral. Durante anos e anos, essas formas insistiam em surgir em quase todos meus trabalhos. Levei em conta que aquilo era uma coisa minha, que vinha do meu interior, do meu inconsciente, como uma marca pessoal.

Comecei um estudo sério e infatigável para encontrar alguma coisa que se identificasse com minhas formas coloridas e repetitivas e cheguei perto dos vitrais, dos mosaicos bizantinos e até dos cristais de neve. Finalmente encontrei o termo “Fractal” (do latim Fractus, fração, quebrado) e descobri que tinha tudo a ver com minhas repetições coloridas. Dentro das devidas interpretações, meu estilo diferenciava em sua limitação não matemática geométrica, sendo que nos fractais a geometria matemática não Euclidiana é o que forma as imagens fragmentadas. Adaptei o termo para Fractais Aquinianos e venho lapidando o meu estilo através de muitos quadros (a maioria vendidos para colecionadores, inclusive internacionais). O termo Fractal foi criado em 1975 por Bendit Mandelbrot, matemático francês.

Há um ano, realizei uma exposição na Réplica da Estação de Artur Nogueira, onde tive a oportunidade de apresentar meus quadros de Fractais Aquinianos com a temática principal das nossas aves, além de um São Francisco e de uma releitura da Santa Ceia de Leonardo Da Vinci. O resultado foi além do esperado, dos trinta trabalhos apresentados, vendi dez obras e peguei sete encomendas. Os quadros foram para São Paulo, Ribeirão Preto, Limeira e Artur Nogueira.

Recentemente, dentro do estilo clássico, retratei por encomenda, uma família tradicional de Cosmópolis e atualmente, além de estar trabalhando na confecção de retratos à óleo para a comemoração do centenário de uma igreja de Piracicaba, estou preparando uma mega exposição de Fractais Aquinianos para o ano que vem. Minhas telas ficarão imortalizadas no futuro, com dedicação faço meu trabalho para isso e acredito nisso, daqui muitos séculos para frente o Aquino de Artur Nogueira será lembrado.

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Tomás de Aquino é um artista nogueirense, criador do estilo Fractal Aquiniano. Também trabalha com fisionomia humana, tanto caricaturas e retratos.