19/10/2012

Número de evangélicos aumenta em Artur Nogueira

Católicos continuam sendo maioria no município

Hidaiana Rosa

O número de evangélicos em Artur Nogueira aumentou nos últimos 10 anos, segundo dados do Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, 6.642 nogueirenses se disseram evangélicos, ou seja, 20,05% da população, que na época, segundo o IBGE, era composta por 33.124 habitantes.

Em 2010, os evangélicos passaram a ser 11.994, representando 27,15% da população, que correspondia a 44.177 pessoas. “Essa tendência abrange a nação toda. O que aconteceu em Artur Nogueira não é um fato isolado. O crescimento sadio tem acontecido através da pregação e ensino das Escrituras, levando as pessoas às boas novas do evangelho de Jesus Cristo. O desejo de viver o que Cristo ensinou leva a uma mudança de atitude”, esclarece o presidente do Conselho de Ministros Evangélicos de Artur Nogueira (Comean), Cleverson Pereira do Valle.

Mesmo com o crescimento de evangélicos, o município ainda segue com maioria católica. Ainda segundo o IBGE, o número de católicos foi de 27.849 em 2010, sendo 63,04% da população. No levantamento feito em 2000, eles eram 24.355, representando, na época, 73,53% dos nogueirenses. “Particularmente falando, se alguém, por alguma razão, deixou de ser católico ou evangélico, mas se encontrou em algum lugar e a qualidade de vida dele melhorou, isso é muito bom, pois, na verdade, o que me preocupa são aqueles que se desiludem da fé, que se desiludem de uma pertença religiosa e de uma comunidade”, afirma o pároco da Paróquia Nossa Senhora das Dores, Eder Justo.

Na última década, aumentou ainda a proporção de pessoas sem religião, que foi de 1.209 no ano de 2000 para 2.607 em 2010, e de espíritas, que passou de 198 para 286 seguidores. “Esse movimento da diversidade que é muito próprio da sociedade brasileira se reflete sobre as religiões também, quer dizer, não temos mais uma igreja que seja absolutamente majoritária em todos os segmentos”, finaliza o sociólogo Carlos Simões Neves.


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