28/04/2017

Motoristas e cobradores de ônibus de Artur Nogueira aderem à greve geral

Paralisação deve durar 24 horas e atinge mais de quatro mil funcionários da Região Metropolitana de Campinas

Da redação

Os motoristas e cobradores de ônibus intermunicipais que atendem Artur Nogueira aderiram à greve geral desta sexta-feira (28), que atinge diversas categorias e milhões de trabalhadores em todo o país. A informação foi confirmada ao Portal Nogueirense pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Campinas e Região. Os ônibus das linhas municipais, no entanto, operam normalmente.

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Wilson Pereira, um dos diretores do Sindicato dos Rodoviários, garantiu que nenhum ônibus deve ir para as ruas entre a meia-noite de sexta-feira (28) e a de sábado (29). “O movimento é para parar todo mundo, então não vamos deixar nenhum ônibus sair”, afirma. Segundo ele, a adesão à greve é maciça por parte dos funcionários da Região Metropolitana de Campinas (RMC). “Vamos ter gente suficiente para parar Campinas inteira. Devem aderir cerca de três ou quatro mil pessoas”, garante.

A equipe do Portal Nogueirense entrou em contato com a VB Transportes e a Princesa D’Oeste, as duas principais empresas de ônibus intermunicipais que atendem Artur Nogueira. Segundo elas, até a tarde desta quinta-feira (27), as empresas não haviam sido comunicadas oficialmente por nenhum sindicato sobre a paralisação.

Contudo, moradores da cidade afirmam terem ouvido cobradores alertando os passageiros sobre a iminente greve. Nas ocasiões, os funcionários avisaram que nenhum ônibus circularia durante a sexta-feira (28). O Portal Nogueirense conversou com uma cobradora, que não quis ser identificada, na tarde desta quinta-feira (27). De acordo com ela, a adesão dependeria do sindicado. “A gente ainda não sabe [se vai aderir] porque isso depende do Sindicato, que vai tomar essa decisão somente amanhã [sexta-feira]”, disse.

EMTU

Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (27), a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) afirmou que ainda aguardava a definição oficial dos sindicatos que representam os motoristas e cobradores de linhas de ônibus intermunicipais das cinco regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo. No entanto, a empresa avisou que haverá consequências para quem aderir ao movimento.

“A EMTU/SP notificou as concessionárias e permissionárias que serão autuadas por descumprimento da programação estabelecida caso ocorra a paralisação das linhas intermunicipais”, informa a nota.

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Em outra publicação, a EMTU disse que, caso a greve seja considerada ilegal, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo (STM) “solicitará judicialmente o pagamento de multa aos sindicatos que aderiram ao movimento” e “vai descontar dos funcionários grevistas o dia não trabalhado e, também, o dia de descanso remunerado”.

De acordo com a nota, o Governo do Estado de São Paulo planeja agir judicialmente para que os sindicatos sejam penalizados pelos prejuízos causados aos usuários.

Ônibus municipais

A greve geral, porém, parece não ter afetado a linhas municipais de ônibus. Elas devem operar normalmente nesta sexta-feira (28), segundo informação passada pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Artur Nogueira.

Greve Geral

Diversos setores da sociedade civil participam de uma greve geral no país nesta sexta-feira (28). A paralisação é um protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência. Sendo assim, a indignação unificou a Central dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Conlutas, Intersindical e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Juntas, essas entidades representam mais de 10 milhões de trabalhadores.

Bancários, metroviários, motoristas e cobradores de ônibus, professores da rede pública e privada, petroleiros, trabalhadores aeronáuticos e outras categorias confirmaram adesão à greve. Manifestações ocorrem em 26 estados, no Distrito Federal e, especificamente, em 100 cidades do interior do país.

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