04/11/2016

Moradores de Artur Nogueira têm prejuízos somados em mais de R$ 7 mil após estelionato

Nas ocasiões, vítimas receberam ligações via celular, ou tiveram empréstimos efetuados indevidamente

Da redação

Dois moradores de Artur Nogueira foram vítimas de estelionato. Os casos foram registrados durante essa quinta-feira (3), na Delegacia de Polícia do município. Em uma das ocasiões, a vítima teve valores em dinheiro subtraídos por criminosos que se passaram por familiares; já em outra, foi efetuado um empréstimo consignado de maneira indevida.

Conforme o Boletim de Ocorrência, o primeiro golpe ocorreu na manhã de quarta-feira (2). A moradora, de 43 anos, recebeu uma ligação pelo celular em que um homem se identificou como um sobrinho. Durante a ligação, o rapaz solicitou R$ 500 emprestados para o conserto do automóvel que havia, supostamente, apresentado falhas mecânicas. O criminoso mentiu dizendo que estava à caminho da casa da vítima, junto com a família.

Diante da situação, acreditando que realmente se tratava de um familiar, a moradora se dirigiu à agência da Caixa Econômica Federal para efetuar o depósito do valor. Posteriormente, nesta quinta-feira (3), o homem retornou com outra ligação, dizendo que o carro tinha quebrado novamente, pedindo mais R$ 300 para pagar o mecânico. A vítima fez outro depósito na mesma conta informada anteriormente.

Após fazer o depósito, a moradora entrou em contato com a irmã, para perguntar a respeito do caso que envolvia o sobrinho, mas descobriu que se tratava de um golpe.

Outra ação

Um aposentado também sofreu um golpe, mas desta vez, referente à conta bancária. O B.O. foi registrado nesta segunda-feira (3). O morador do Jardim Ricardo Duzzi, de 65 anos, costuma receber a aposentadoria pela agência do Banco Bradesco. A vítima, durante uma consulta da conta, foi informada que um empréstimo consignado havia sido feito no nome dele.

Os criminosos efetuaram um empréstimo de R$ 7 mil utilizando os dados pessoais e a conta bancária do morador de forma indevida. O valor não foi destinado à mesma conta, mas os valores estão sendo cobrados da vítima mensalmente.

Em ambos os casos, as ocorrências foram registradas, mas os criminosos até o momento não foram identificados. A polícia apura o caso.

Golpes mais aplicados via ligações telefônicas 

A Delegacia de Estelionato de Curitiba/PR listou os 10 golpes mais aplicados em todo o país. Entre eles estão:

Carro quebrado

Golpe muito utilizado nas penitenciárias. Os estelionatários se passam por familiares das vítimas, em geral sobrinhos, a fim de obterem valores em dinheiro “emprestados”, forjando ser para o conserto de veículos. Apenas após o depósito, o golpe costuma ser descoberto.

 Envelope vazio

Após promoverem compras de mercadorias via internet ou telefone, os criminosos efetuam depósitos em caixas eletrônicos com envelopes vazios e, somente após a entrega dos produtos, as vítimas descobrem que o envelope de depósito estava sem o valor.

Gincana de TV

Também muito efetuado por detentos, o golpe da gincana costuma informar a contemplação de prêmios em dinheiro, automóveis e imóveis. Mas, em troca do prêmio, as vítimas são induzidas a promoverem depósitos e recargas de crédito para celulares.

Falso sequestro

Acontece quando criminosos se passam por sequestradores, informando via ligações telefônicas, o falso rapto de familiares das vítimas que, sem saberem que se trata de um golpe, acabam por depositarem os valores solicitados para o resgate.

Programas habitacionais do governo

Muitos estelionatários também se passam por agentes do governo, solicitando dados pessoais das vítimas, alegando ser para o preenchimento de cadastros para sorteios de imóveis. Também solicitam valores em dinheiro para passar o nome do “contemplado” à frente da fila de entrega dos imóveis.

Vendas de produtos de programas do governo

Os criminosos oferecem os produtos de programas do governo, em maioria materiais para construção, a preços inferiores ao do mercado. Depois de realizar o pagamento, a mercadoria nunca é entregue às vítimas. Um golpe também muito utilizado dentro de penitenciárias.

Compra e venda pela internet

O golpista efetua a compra e emite um comprovante de depósito falso ao vendedor. No caso da venda, após a mercadoria ser paga, o estelionatário não envia a mercadoria solicitada, mas sim, algo no lugar, como tijolos e pedras em caixas de papelão.

Bilhete premiado

O criminoso apresenta um bilhete de loteria à vítima – supostamente premiado – e oferece valores em dinheiro como recompensa, caso uma conta bancária seja emprestada para receber o “prêmio”. Na intuição de subtrair os valores das vítimas, o golpista pede R$ 1 mil, por exemplo, para se certificar de que a conta estará em dia para o recebimento. Após tomar posse do dinheiro, o criminosos foge.

Pecúlio

Neste caso a vítima recebe uma carta timbrada de alguma vara cível, com dados pessoais e com a informação de ter um valor a receber – uma ação de pecúlio. No entanto, para o receber o valor, é necessário que a vítima pague o custo do processo. Desta forma, o golpe é aplicado.

Pacote de dinheiro

Os criminosos observam a futura vítima sacando elevada quantia em dinheiro em um banco e a seguem. A fim de chamar atenção da pessoas, um deles deixa um envelope cair. Um segundo estelionatário, aproxima e diz que também viu o acontecido e convence a vítima que os dois devem juntos devolver o dinheiro.  A vítima então é levada a algum lugar para receber o valor de retribuição por ter devolvido o envelope, nesse momento, um dos criminosos subtrai os valores que estavam na bolsa da pessoa sem que ela perceba.
A Delegacia de Estelionato de Curitiba /PR sugere que, nesses casos, o contato seja rompido no ato e a vítima registre um B.O. na unidade da Polícia Civil mais próxima, informando o número de telefone e as contas bancárias informadas pelos golpistas.

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