28/09/2017

Moradores de Artur Nogueira comentam aumento no preço do gás de cozinha

Produto ficou em média R$ 10 mais caro em dois meses

Da redação

Cozinhar está cada vez mais pesado para o bolso. A Petrobras anunciou nesta semana o aumento de 6,9% no preço do botijão de gás de 13 quilos, o mais comum nas cozinhas residenciais. É o segundo reajuste em dois meses. A medida não alegrou os moradores de Artur Nogueira, que reclamam do encarecimento excessivo do produto – ele ficou, em média, R$ 10 mais caro na cidade em 60 dias.

Se até julho era possível adquirir botijões a aproximadamente R$ 50, a partir do início da próxima semana será difícil encontrar algum gás a menos de R$ 60. Numa rápida pesquisa feita pelo Portal Nogueirense com comerciantes locais do produto, apenas um afirmou que manterá o preço do botijão a R$ 55, deixando de repassar o reajuste ao consumidor final.

De acordo com o empresário Fabricio Salata, proprietário de um comércio de gás e água na cidade, o produto já passou por quatro reajustes de preço só em 2017. “Do final do ano passado para agora, o valor do gás no mercado já aumentou cerca de R$ 20”, afirma. “Em 2016, ele era vendido a uns R$ 50”, comenta. Com a mudança, o botijão dele passará a custar R$ 65.

“Às vezes o consumidor não entende a lógica do reajuste”, destaca. Segundo ele, algumas pessoas acreditam que são os comércios que decidem pelo aumento do preço do gás. “Não é assim. Na verdade, a Petrobras faz um reajuste, que é repassado para as companhias. Estas, por sua vez, repassam para nós, os vendedores”, explica.

Dentro desse reajuste feito pelos revendedores locais, há pouco ou nenhum espaço para lucro. Alguns optam por repassar apenas o aumento cobrado pelas companhias de gás, sem ganhar qualquer coisa em cima disso. Tudo para manter a freguesia, que é, no fim das contas, quem mais sente o peso do reajuste. É o caso de Angelícia Silva.

“É um absurdo, não é?”, dispara a nogueirense. “Deus me livre! A gente não tem serviço, não tem emprego, não tem salário e o preço das coisas fica aumentando”, afirma. Ela comenta que não usa muito gás em casa, que um botijão dura até cinco meses com ela. “Mas eu fico pensando naquelas famílias que trocam a cada 15 dias. Não deve ser fácil”.

Lidinaura dos Santos também ficou inconformada com a notícia do reajuste. “É um absurdo! Está muito caro”, destaca. Na residência dela, usa-se pelo menos um botijão por mês, pois a dona de casa mora com o marido, duas filhas e duas netas.

Jesualdo Peixoto é outro cidadão que acha o encarecimento um absurdo. “Quase 17% de aumento em dois meses. É muita coisa”, comenta. “Pesa muito no orçamento da gente. O salário não acompanha esses reajustes. Quem sai perdendo é a gente”, acrescenta o aposentado.

Revisão mensal

A Petrobras adotou uma nova política para o gás de cozinha residencial. Ela demanda uma revisão mensal do preço cobrado. De acordo com a estatal, o preço final repassado aos distribuidores será uma junção da média entre os preços do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, mais uma margem de 5%.

Novos reajustes, para mais ou para menos, podem ser anunciados em breve.

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