05/07/2017

Moradoras de Artur Nogueira são vítimas de estelionatários

Golpes foram aplicados mediante movimentações bancárias e ligação via celular

Da redação

Duas moradoras de Artur Nogueira foram vítimas de ações de estelionato. Os delitos, registrados nesta quarta-feira (5) na Delegacia de Polícia Civil do município, são relacionados a movimentações bancárias e golpe via celular. Ao todo, R$ 1.249,91 foram subtraídos.

O primeiro caso, conforme registrado no Boletim de Ocorrência (B.O.), diz respeito à subtração de valores bancários efetuada mediante compras indevidas. A cliente, de 31 anos, recebeu um extrato da fatura mensal do mês de junho do banco Santander. Ao conferir as movimentações da conta, ela notou compras as quais não tem conhecimento de ter efetuado.

Depois de entrar em contato com o canal de atendimento do referido banco, a vítima soube que três compras haviam sido feitas mediante o uso do número de CPF dela. Os gastos totalizaram R$ 800.

A agência se comprometeu em analisar o delito e tomar as devidas providências cabíveis para o ressarcimento do valor debitado. Até então, os responsáveis pelo crime ainda não tiveram identificação.

Outro golpe     

Já o delito seguinte também resultou na subtração de valores em dinheiro, mas, desta vez, o golpe foi aplicado através de uma ligação via celular. O B.O. descreve que a moradora, de 36 anos, recebeu uma mensagem no celular que informava sobre um suposto “prêmio” de R$ 20 mil em dinheiro que ela havia sido contemplada. Na mensagem, constava o nome da operadora de telefonia Claro.

Passado alguns minutos, ela teve uma ligação no celular  – com prefixo 88 – em que um homem reforçava a possível premiação. À princípio, a vítima desconfiou da ligação, entretanto como não foram solicitadas informações de dados pessoais, ela decidiu continuar a seguir as orientações passadas pelo rapaz.

Posteriormente, houve a exigência de a moradora se encaminhar à agência do banco Bradesco e inserir o cartão magnético no terminal de caixa eletrônico. Depois de acessar a conta, a vítima foi coagida a fazer um depósito de R$ 449,91 na conta de uma pessoa chamada Antônia, para que pudesse receber o prêmio prometido. Na tela do caixa apareceu o saldo de R$ 10 mil, porém, o valor estava bloqueado para saque.

A moradora então se deslocou a uma loja da Claro no município, sendo informada de que a ação se tratava de um golpe. Essa informação também se confirmou por um atendente do banco Bradesco. Ao comprovar o estelionato, a vítima prestou queixa na Delegacia de Polícia Civil, mas o crime continua sem ter um suspeito aparente.

Golpes mais aplicados atualmente

A Delegacia de Estelionato de Curitiba/PR listou os 10 golpes mais aplicados em todo o país. Entre eles estão:

Carro quebrado

Golpe muito utilizado nas penitenciárias. Os estelionatários se passam por familiares das vítimas, em geral sobrinhos, a fim de obterem valores em dinheiro “emprestados”, forjando ser para o conserto de veículos. Apenas após o depósito, o golpe costuma ser descoberto.

 Envelope vazio

Após promoverem compras de mercadorias via internet ou telefone, os criminosos efetuam depósitos em caixas eletrônicos com envelopes vazios e, somente após a entrega dos produtos, as vítimas descobrem que o envelope de depósito estava sem o valor.

Gincana de TV

Também muito efetuado por detentos, o golpe da gincana costuma informar a contemplação de prêmios em dinheiro, automóveis e imóveis. Mas, em troca do prêmio, as vítimas são induzidas a promoverem depósitos e recargas de crédito para celulares.

Falso sequestro

Acontece quando criminosos se passam por sequestradores, informando via ligações telefônicas, o falso rapto de familiares das vítimas que, sem saberem que se trata de um golpe, acabam por depositarem os valores solicitados para o resgate.

Programas habitacionais do governo

Muitos estelionatários também se passam por agentes do governo, solicitando dados pessoais das vítimas, alegando ser para o preenchimento de cadastros para sorteios de imóveis. Também solicitam valores em dinheiro para passar o nome do “contemplado” à frente da fila de entrega dos imóveis.

Vendas de produtos de programas do governo

Os criminosos oferecem os produtos de programas do governo, em maioria materiais para construção, a preços inferiores ao do mercado. Depois de realizar o pagamento, a mercadoria nunca é entregue às vítimas. Um golpe também muito utilizado dentro de penitenciárias.

Compra e venda pela internet

O golpista efetua a compra e emite um comprovante de depósito falso ao vendedor. No caso da venda, após a mercadoria ser paga, o estelionatário não envia a mercadoria solicitada, mas sim, algo no lugar, como tijolos e pedras em caixas de papelão.

Bilhete premiado

O criminoso apresenta um bilhete de loteria à vítima – supostamente premiado – e oferece valores em dinheiro como recompensa, caso uma conta bancária seja emprestada para receber o “prêmio”. Na intuição de subtrair os valores das vítimas, o golpista pede R$ 1 mil, por exemplo, para se certificar de que a conta estará em dia para o recebimento. Após tomar posse do dinheiro, o criminosos foge.

Pecúlio

Neste caso a vítima recebe uma carta timbrada de alguma vara cível, com dados pessoais e com a informação de ter um valor a receber – uma ação de pecúlio. No entanto, para o receber o valor, é necessário que a vítima pague o custo do processo. Desta forma, o golpe é aplicado.

Pacote de dinheiro

Os criminosos observam a futura vítima sacando elevada quantia em dinheiro em um banco e a seguem. A fim de chamar atenção da pessoas, um deles deixa um envelope cair. Um segundo estelionatário, aproxima e diz que também viu o acontecido e convence a vítima que os dois devem juntos devolver o dinheiro.  A vítima então é levada a algum lugar para receber o valor de retribuição por ter devolvido o envelope, nesse momento, um dos criminosos subtrai os valores que estavam na bolsa da pessoa sem que ela perceba.

A Delegacia de Estelionato de Curitiba /PR sugere que, nesses casos, o contato seja rompido no ato e a vítima registre um B.O. na unidade da Polícia Civil mais próxima, informando o número de telefone e as contas bancárias informadas pelos golpistas.

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