Morador de Artur Nogueira participa de trilha mais difícil do Brasil

Michael Harteman 

O morador de Artur Nogueira, Rafael Gomes da Silva, irá passar por uma verdadeira aventura no mês de abril. O desafio será percorrer uma das trilhas mais difíceis do Brasil, denominada “Trilha da Serra Fina”. A caminhada começa no dia 14 e tem previsão para durar de 3 a 4 dias. Exímio esportista, Silva já começou a se preparar, realizando – todo dia – um treinamento nas estradas que passam por Artur Nogueira.

Rafael tem experiência em trilhas de caminhada. Já passou por diversos desafios e não cansa de buscar outros. “Fazer essas trilhas é uma experiência sempre marcante, o contato com a natureza e a superação é muito prazeroso”, afirma o aventureiro. Como ele próprio explica, o hábito de trilhar as matas e picos já está no sangue.

Buscando novos desafios, Silva está se preparando para fazer a “Trilha da Serra Fina”, considerada por muitos a mais difícil do Brasil. O percurso tem um pouco mais de 34 quilômetros e o ponto mais alto está a 2.791 metros acima do nível do mar. “A altitude é um grande desafio, há pontos de subida bem íngremes”, exclama ele. Outro fator que dificulta o cumprimento do percurso é ter que carregar uma pesada mochila de mantimentos. “Precisamos levar água, cereais e mais alguns objetos, a mochila fica cada vez mais pesada conforme caminhamos”, ressalta.

O belíssimo local é tradicionalmente visitado por pessoas que desfrutam das caminhadas em trilhas envoltas por natureza. Assim, a “Trilha da Serra Fina” fica no estado de Minas Gerais, sendo o início do percurso localizado na cidade de Passa Quatro (MG). O esportista explica que muitos, pela dificuldade do percurso, desistem nos primeiros metros. “Já vi pessoas caminharem 100 metros e desistirem, é um percurso que exige um preparo mental e físico”, comenta. Visando tal preparação, Rafael treina todos os dias nas estradas que passam por Artur Nogueira, além de fazer treinamentos físicos em casa e consumir uma alimentação saudável.

Outra especialidade no ‘currículo’ de Rafael é a capacidade de se virar no meio da mata. “Fiz cursos de primeiros socorros e sobrevivência com o Exército Brasileiro e, também, me dou bem preparando alimentação com poucos utensílios”, ressalta o inspetor de material. Segundo ele, todo conhecimento adquirido é de grande ajuda quando se trata de longas caminhadas em montanhas.

Com ainda mais duas semanas de preparação, Rafael explica que toda a família apoia seu hábito; e que o filho mais velho, de apenas oito anos, já sente vontade de seguir, literalmente, os passos do pai. “Ele fica falando que quer ir comigo. Ainda é muito cedo para levá-lo, mas acredito que em breve ele será meu companheiro nessas caminhadas”, comenta Rafael.

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