27/08/2015

Mensagem de “toque de recolher” assusta moradores em Artur Nogueira

Comandante da PM diz que toque não passa de boato e classificou a ação como um “ato irresponsável e maldoso”.

Centenas de alunos de escolas estaduais de Artur Nogueira deixaram as aulas mais cedo na noite de ontem, quarta-feira (26), com medo de um suposto “toque de recolher”. A mensagem seria uma suposta ameaça do Primeiro Comando da Capital (PCC) às cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), incluindo Artur Nogueira. O áudio foi compartilhado via redes sociais e causou medo nos moradores. Hoje, quinta-feira (27), o comandante da Polícia Militar de Artur Nogueira, Renan Alcântara, disse que o toque é uma farsa e pediu para que a população não compartilhe mais o material.

A Guarda Civil Municipal (GCM) recebeu diversas ligações de moradores preocupados com a possível veracidade das ameaças, no entanto, nada de anormal foi registrado na noite desta quarta-feira (26) em Artur Nogueira.

De acordo com a direção da Escola Severino Tagliari, no Parque dos Trabalhadores, pais assustados com o boato buscaram os filhos, e os estudantes maiores de idade decidiram ir embora antes de terminar as aulas. A direção da escola ainda afirma ter acionado a Polícia Militar, que permaneceu por um período durante a noite na escola.

A ameaça também alterou os horários da Escola Magdalena Sanseverino Grosso, no Jardim Planalto. De acordo com a coordenação da escola, os estudantes foram liberados no intervalo na noite desta quarta-feira (26) e os pais buscaram os alunos. Já a coordenação saiu após às 22 horas.

Em outras escolas pais telefonaram para as instituições para saber sobre a segurança do local. As aulas seguiram normalmente até às 23 horas, mas foram liberados aqueles que ficaram com medo.

O alerta correu por toda a RMC

O áudio e o vídeo do suposto “toque de recolher” circularam pelas redes sociais. Nas gravações a população é alertada sobre um toque de recolher após às 22 horas em toda a região. No vídeo uma pessoa mascarada apontava quais bairros da cidade seriam atacados.

De acordo com o comandante da PM da região, tenente-coronel Marcelo Amaral Oliveira, os áudios não são verdadeiros. “O Serviço de Informação da Polícia Militar de Americana fez um levantamento sobre as gravações e podemos afirmar que se trata de boato. Infelizmente, muitas pessoas estão usando o WhatsApp para passar ‘trotes’ à população”, esclareceu.

O comandante Renan Alcântara, solicitou à população que não compartilhasse mais os áudios e os vídeos e disse que o material foi feito por “pessoas oportunistas que se valem da força das redes sociais usando-as para o mal”. “Interlocutores sem informações oficiais de autoridades acabam, antes de checarem a veracidade dos fatos, compartilhando com amigos a notícia espalhafatosa, aumentando ainda mais a sensação de insegurança e colaborando para que o ato irresponsável e maldoso de quem editou os vídeos e áudios tome proporções cada vez maiores”, apontou.

Como consequência direta desse comportamento Alcântara apontou que a linha de emergência (190) fica sobrecarregada de pessoas “mal informadas”, devido aos compartilhamentos desenfreados, o que impede que sejam atendidos reais problemas. “Por estes motivos orientamos a todos que não compartilhem nada do gênero sem um posicionamento oficial das autoridades policiais do município”.

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