Luiz de Faveri rebate acusação de furto em Artur Nogueira

Da redação

O ex-prefeito Luiz de Faveri rebateu a acusação que recebeu de ter furtado gado pertencente a uma moradora de Artur Nogueira. Ao Portal Nogueirense, Faveri explicou que os animais recolhidos por ele na área do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho, eram de Renan Pacífico, secretário de Saúde do município coelhense, e não da sitiante nogueirense.

Segundo Faveri, a acusação feita no Boletim de Ocorrência (B.O.) é fruto de um mal-entendido. Ele conta que Pacífico estava realizando uma viagem em setembro de 2017 e ligou para ele avisando que seu gado havia fugido. O ex-prefeito afirma que foi até o local, na região do Unasp, e viu que seria preciso um caminhão para retirar o gado. Ele arrumou o caminhão, juntou o gado e recolocou no terreno de Pacífico.

Por coincidência, diz ele, uma mulher foi até o Unasp e perguntou sobre um gado dela que havia sumido. Os funcionários disseram que apareceu um gado no local, mas que Faveri já havia carregado os animais. “Ela achou que eu havia carregado o gado dela, mas era o gado do Renan Pacífico”, afirma o ex-prefeito.

Passados dois dias, continua Faveri, o proprietário de um centro de lazer e pescaria da cidade o procurou para contar que havia um gado solto próximo ao seu estabelecimento. O ex-prefeito conta que informou, então, a mulher sobre esse gado solto no local indicado e que poderia ser o dela. “Inclusive, me prontifiquei para ir com ela no lugar, onde ela reconheceu que o gado era dela. Mas, antes disso, ela havia feito o B.O.”, destaca.

Faveri comenta que viu o B.O. ter sido noticiado em um site de notícias da cidade e que achou estranha a publicação de uma informação vetada à imprensa. “Eu não sei por que depois de todo esse tempo, após ela [a autora do B.O.] ter reconhecido para mim que foi precipitada na acusação, não sei por que um veículo de comunicação soltou essa notícia, sendo que a informação é proveniente de um B.O. que não tem permissão de ser mostrado à imprensa.”

Ele conta ainda que, no domingo (7), ficou sabendo durante um almoço de um boato a respeito de uma possível privatização do Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira (Saean). “Eu comentei com alguns vereadores e empresários, na segunda-feira (8), que sou contra a possível venda do Saean. Na terça-feira (9), fui retaliado com uma matéria tendenciosa, relembrando algo que ocorreu em setembro do ano passado”, assevera.

Faveri disse que está em contato com sua assessoria jurídica e que provará sua inocência. Ele ainda mencionou que Pacífico usou o perfil da esposa no Facebook para confirmar a informação de que o gado recolhido pelo ex-prefeito era dele. O comentário pode ser lido na imagem abaixo.

Acusação

Faveri foi até a Delegacia de Polícia Civil de Artur Nogueira e teve acesso ao B.O. O documento, cedido pelo ex-prefeito ao Portal Nogueirense, relata que uma moradora de um sítio no Bairro Ortiz soltou o gado de sua propriedade para pastar, e eles fugiram. Ela foi até o Unasp, que faz divisa com o terreno, para procurar os animais. Ela os procurou por três, mas não os encontrou, segundo o registro.

O B.O. narra ainda que a nogueirense recebeu uma ligação anônima na qual foi informada de que Luiz de Faveri e outras duas pessoas teriam carregado o gado num caminhão. Segundo o documento, ela ligou para o ex-prefeito e pediu informações sobre um caminhão e seu gado desaparecido, mas não conseguiu nada.

O registro conta que ela conversou com diversas pessoas e tentou, inclusive, ver as filmagens do Unasp que mostravam o caminhão passando com o gado. Às 15 horas do dia 25 de setembro, segundo o boletim, ela recebeu a ligação do proprietário de um centro de lazer e pescaria da cidade. Na ligação, o homem disse a ela que o gado estava perto do estabelecimento dele e que Faveri teria confessado a ele ter carregado os animais da nogueirense.

O B.O. informa ainda que os filhos da mulher foram até o centro de lazer e pescaria e viram o gado solto. Junto aos animais, estariam Faveri e outro homem correndo atrás deles. A mulher foi chamada até o local e, de acordo com o registro, Faveri disse quenão havia feito nada, que estava lá para ajudar.

O documento afirma que ela deu ao ex-prefeito cinco dias para devolver animais e que, mesmo após a devolução, havia três bois que não eram dela. “Vítima não quer que o RDO seja divulgado pela imprensa”, finaliza o B.O.

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