03/10/2017

Leishmaniose: seu cachorro pode estar contaminado sem você saber

Saiba como prevenir seu companheiro

Informe publicitário

A Leishmaniose é uma das doenças que mais afeta os cães no Brasil. Transmitida pela picada de mosquitos, a enfermidade pode causar problemas dermatológicos (perda de pelos em focinho, orelhas e região dos olhos), crescimento anormal das unhas, emagrecimento progressivo, anorexia, e dependendo das complicações e da evolução do quadro, o animal pode morrer. Muitas vezes, o cão está doente e o proprietário não percebe. Já há tratamento, porém a prevenção ainda é a melhor opção. Se prepare que vem textão!

Classificada entre as seis endemias prioritárias no mundo, segundo o Ministério da Saúde, acometendo principalmente cães, gatos e humanos, a Leishmaniose é desconhecida por muitas pessoas. Os números da doença, ainda segundo o órgão, revelam o impacto dela no Brasil: 90% dos casos da Leishmaniose Visceral Canina na América Latina acontecem no Brasil. Entre o ano de 2009 e 2013, 18 mil casos foram confirmados em humanos. A doença vem ganhando a atenção de todos, pois os casos estão aumentando a cada ano, assim como a taxa de mortalidade de cães e humanos.

A transmissão da Leishmaniose Visceral Canina ocorre pela picada do inseto vetor pertencente à família dos flebótomos conhecido como “mosquito-palha” ou “mosquito pólvora”. Primeiro o inseto infectado (vetor) pica o cão infectado (ou outros hospedeiros vertebrados, como gato, gambá, cavalo) e ingere a leishmania em sua forma amastigotas, que está presente no animal contaminado. Esta transforma-se dentro do intestino do vetor em promastigota, que é a forma infectante. Essa nova forma, através da picada do vetor irá infectar humanos e novos animais, destruindo seu sistema imunológico.

2006 Frank Collins This photograph depicts a Phlebotomus papatasi sandfly, which had landed atop the skin surface of the photographer, who’d volunteered himself as host for this specimen’s blood meal. The sandflies are members of the Dipteran family, Psychodidae, and the subfamily Phlebitaminae. This specimen was still in the process of ingestg its bloodmeal, which is visible through its distended transparent abdomen. Sandflies such as this P. papatasi, are responsible for the spread of the vector-borne parasitic disease Leishmaniasis, which is caused by the obligate intracellular protozoa of the genus Leishmania. Leishmaniasis is transmitted by the bite of infected female phlebotomine sandflies, injecting the infective stage (i.e., promastigotes) from their proboscis during blood meals. Promastigotes that reach the puncture wound are phagocytized by macrophages ,and other types of mononuclear phagocytic cells, and inside these cells, transform into the tissue stage of the parasite (i.e., amastigotes), which multiply by simple division and proceed to infect other mononuclear phagocytic cells. Parasite, host, and other factors affect whether the infection becomes symptomatic and whether cutaneous or visceral leishmaniasis results. Sandflies become infected by ingesting infected cells during blood meals. In sandflies, amastigotes transform into promastigotes, develop in the gut, (in the hindgut for leishmanial organisms in the Viannia subgenus; in the midgut for organisms in the Leishmania subgenus), and migrate to the proboscis. See PHIL 3400 for a diagram of this cycle.

O grande problema desta enfermidade é a negligência. É tida como doença dos mais pobres e subnutridos, pois falecem aqueles que estão imunossuprimidos (com sistema imunológico fraco). Além disso, essa doença era mais comum em regiões afastadas dos grandes centros.

Diferentemente do Aedes Aegypti (transmissor da dengue, zika e chikungunya), o vetor da leishmaniose não é um mosquito, pois não coloca o ovo em água parada. O díptero vetor da leishamania coloca seus ovos em matéria orgânica e escuro. Quintal com restos de frutas e folhas é o ambiente ideal para a reprodução do transmissor. Por isso, a doença era muito conhecida no meio rural e silvestre. Porém, com a construção das estradas e o desmatamento, nós, humanos, trouxemos o inseto para a cidade. Ele se adaptou à vida urbana e está localizado em todas as regiões no brasil, de norte a sul e de leste a oeste. Inclusive pode estar rondando a sua casa agora.

Será que seu cão está contaminado?

Segundo o professor Nogueira, 60% dos animais são infectados, mas não tem os sintomas. A doença pode ficar incubada de 3 meses a 6 anos. “O proprietário só leva à clínica quando já tem sintomas. Muitas vezes, por falta de informação o veterinário acaba indicando a eutanásia do animal” aponta.

Em 2015, 40 mil cães foram sacrificados com leishmaniose. Fora os outros animais não diagnosticados e os tratados. Por não ser uma doença de notificação compulsória, ou seja, o veterinário não tem obrigação de notificar órgãos de saúde, o número exato de cães com a doença não existe.

A primeira coisa a fazer é levar o seu peludo ao veterinário e solicitar um exame específico para diagnóstico da leishmaniose. Se o resultado for negativo, devemos partir imediatamente para a prevenção. Se for positivo, o tratamento deve ser iniciado e mantido para o resto da vida.

Prevenção

Repelentes em coleira são os mais indicados pelos veterinários.

Vacina

Para proteger os cães, a Ceva Saúde Animal desenvolveu em parceria com a Universidade Federal do Estado de Minas Gerais (UFMG), a Leish-tec, única vacina recombinante do mercado contra a Leishmaniose.

A vacina foi desenvolvida a partir da proteína A2, classificada como um dos melhores antígenos capazes de induzir resposta imune celular, porque é específica e protetora contra a Leishmania.

Presente no mercado há 10 anos, a vacina passou por uma série de estudos. “Os estudos mostram que a Leish-Tec induz resposta protetora em 96,41% dos cães vacinados. Além disso, os animais vacinados apresentam anticorpos anti-A2, demonstrando um alto nível de proteção individua e redução dos efeitos colaterais”, informa Diretor da Unidade de Negócios Pet da Ceva, Leonardo Brandão.

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A vacina é recomendada para cães a partir de 4 meses de idade, clinicamente sadios e sorologicamente negativos contra a Leishmaniose. “O animal deve ser vacinado com três doses em intervalos de 21 dias e a revacinação é anual”, finaliza Brandão.

A vacinação dos cães é uma ferramenta importante na luta contra a leishmaniose. Devemos lembrar que além da vacinação, a proteção dos cães com um produto tópico repelente contra mosquitos é de suma importância para manter esses vetores afastados.


Para outras informações, entre em contato com a Clinicão e agende uma consulta. A Clinicão Clínica Veterinária está localizada na Rua Duque de caxias, 1656, em Artur Nogueira. Telefone: (19) 3877-5054. Acesse o Facebook ou o Site da Clinicão e conheça outros tipos de tratamento e especialidades.


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