16/06/2015

Leilão encerra e Hospital Bom Samaritano não é vendido

De acordo com leiloeiro, 12 pessoas se interessaram no prédio mas não concluíram a compra.

Após ir a leilão e permanecer por um mês, o Hospital Bom Samaritano de Artur Nogueira não foi arrematado por nenhum dos 12 interessados. O prédio avaliado em R$ 11.589.362,35 foi a leilão no dia 8 de maio a lances iniciais de R$ 8.414.213,23. Como não houve interessados nos três primeiros dias da venda, a data limite dos lances foi estendida até 8 de junho, quando encerrou sem licitantes. O leilão aconteceu a pedido do banco HSBC, para o qual o hospital responde a um processo desde 2006. Segundo o leiloeiro responsável, Irani Flores, outros pedidos de leilão podem ser solicitados pelo banco.

Esta foi a terceira vez que o Hospital foi a leilão. Flores ainda aponta que 12 pessoas ficaram interessadas no prédio, mas que desistiram da compra devido ao valor do imóvel e aos processos trabalhistas que o Hospital responde. Segundo ele, algumas pessoas chegaram a visitar o prédio. O diretor do Bom Samaritano, Sidney Dutra, nega que essas visitas tenham acontecido.

“Nós fizemos um relatório e enviamos ao HSBC apontando algumas situações que podem ser corrigidas no processo”, explica o leiloeiro. Flores não diz quais autos seriam modificados. De acordo com ele, estas alterações e a sua divulgação competem apenas ao banco, mas explica que uma das orientações seria a possibilidade de abertura de crédito junto ao Ministério da Saúde (MS), pelo comprador, para que em possíveis novos leilões o licitante pague 30% do valor do imóvel e os outros 70% sejam financiados pelo MS.

Já o diretor do Bom Samaritano acredita que não ocorrerão novos leilões. “Eles já pediram o leilão três vezes e não conseguiram, acho que vão negociar.”

Com a especulação do fechamento do HSBC no Brasil – anunciado no último dia 9 de junho –, Dutra se vê mais animado ante ao processo. Para ele, caso o banco seja comprado por outro “o novo dono poderá negociar o valor da dívida e concordar com os termos do Hospital”.

Em relação à dívida, Dutra ainda aponta que só não a quitou devido aos juros abusivos. “Isso é uma briga judicial que vai nesse empurra-empurra até eles concordarem com o que eu expliquei. É uma guerra judicial. O banco está cobrando juros absurdos [sob o valor da dívida]. Nós concordamos em pagar a dívida, mas não os juros absurdos”, explica.

Procurado, o HSBC não quis se manifestar sobre o caso.


Comentários

Não nos responsabilizamos pelos comentários feitos por nossos visitantes, sendo certo que as opiniões aqui prestadas não representam a opinião do Grupo Bússulo Comunicação Ltda.