28/06/2016

Imposto arrecadado este ano em Artur Nogueira daria para construir mil postos policiais

Arrecadação subiu 18% em relação ao ano anterior.

Da redação

A arrecadação de impostos desde o início de 2016, em Artur Nogueira, até o final do mês de junho, chegou a marca de R$ 48 milhões. No mesmo período do ano passado, foram registrados R$ 40 milhões, contabilizando um aumento de 18% em relação ao primeiro semestre de 2015. Os dados são do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). De acordo com as informações, o montante arrecadado este ano é suficiente para construir mil postos policiais equipados ou ainda asfaltar 41 km de estradas. O aumento foi maior do que o constatado em cidades como Paulínia, que registrou aumento de 14,2% e Holambra, que teve 15% de aumento em relação ao primeiro semestre do ano passado.

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Com uma inflação média de 10% registrada entre 2015 e 2016, o aumento real, ou seja, que vai além da inflação, foi de 8% em Artur Nogueira. O Impostômetro aponta ainda que o dinheiro arrecadado é a somatória de impostos municipais, como os tributos sobre serviços municipais (luz, água, etc.), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Contribuição de Melhorias, Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), Imposto de Renda retido na fonte e taxas municipais diversas. Como tributos estaduais, os mais importantes e que registraram aumento no Estado de São Paulo foram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). E por fim, os impostos recolhidos pelo Governo Federal, como o Imposto sobre Produtos Importados (IPI) e o Imposto de Renda.

O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) também aponta o que poderia ser feito com a mesma quantia arrecadada. De acordo com os dados do site, o dinheiro arrecadado em Artur Nogueira entre janeiro e junho deste ano é suficiente para construir mais de 1.370 casas populares de 40 m², manter 3.604 professores do ensino fundamental por ano, comprar mais de 597 ambulâncias equipadas, pavimentar 41 km de estradas e construir mais de 523 km de redes de esgoto. Dentre os municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC), as cidades de Engenheiro Coelho (29%), Americana (22%) e Vinhedo (21,7%) apresentaram as maiores variações de dinheiro arrecadado. Artur Nogueira, que registrou aumento de 18%, superou cidades como Paulínia (14,2%) e Holambra (15%).

CidadeVariação
Americana22%
Artur Nogueira18%
Campinas19%
Cosmópolis18,5%
Engenheiro Coelho29%
Holambra15%
Hortolândia18,5%
Indaiatuba18,5%
Itatiba17%
Jaguariúna10%
Monte Mor20%
Morungaba8,6%
Nova Odessa12,8%
Paulínia14,2%
Pedreira15%
Santa Bárbara13,6%
Santo Antônio de Posse14,5%
Sumaré21%
Valinhos18%
Vinhedo21,7%

De acordo com o economista Rick Galdino, muitos fatores podem estar relacionados com o aumento dos impostos. “Como os impostos computados pelo Impostômetro são a somatória dos tributos municipais, estaduais e federais, podemos traçar várias possibilidades para esta variação. Um crescimento no número de veículos, por exemplo, faz com que a arrecadação do IPVA suba muito e altere consideravelmente o montante arrecadado. Uma empresa que se instala no município também gera um aumento, que é percebido na hora de constatar o imposto arrecadado. O economista afirma ainda que é natural que haja crescimento na arrecadação de um ano para outro. “O aumento ocorre em todos os lugares, mas precisamos olhar para o aumento real, ou seja, acima da inflação. Em Artur Nogueira notamos que a arrecadação subiu 18%. Diminuindo os 10% da inflação média no país, temos 8%, que foi o aumento real, que é sentido direto no bolso do trabalhador”, completou.

A ACSP também apontou qual a porcentagem de impostos cobrada nos produtos adquiridos pelos consumidores. Em alguns itens, o tributo chega a custar mais de 50% do valor real do item. Dentre estes estão creme de beleza (57,02%), perfume (69,13%), cachaça (81,87%), microondas (59,37%) e cigarros (83,32%). Alguns produtos muito consumidos pelos brasileiros também apresentam alto índice de impostos, que chegam a ultrapassar um quarto do valor do produto, como leite em pó (28,17%), bolacha (37,30%) e água (37,88%).


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