Homem se passa por morador da Irlanda e aplica golpe em vítima de Artur Nogueira
Vítima foi induzida a depositar R$ 3 mil ao golpista que prometeu presentes
Da redação
Uma moradora de Artur Nogueira foi vítima de estelionato aplicado pela internet, o que resultou em um prejuízo de R$ 3 mil. O criminoso se passou por um morador de Dublin, na Irlanda, e prometeu enviar presentes à vítima. O caso foi denunciado na Delegacia de Polícia Civil do município na tarde desta segunda-feira (13).
A vítima, de 25 anos, relatou ao Portal Nogueirense ter conhecido o rapaz por uma rede social. Ele dizia residir na cidade do exterior. Ela manteve o contato desde o dia 16 de janeiro. O estelionatário disse a ela que enviaria uma caixa com alguns presentes, mas a princípio, ela recusou.
Depois de muita insistência, a moradora informou o endereço dela ao rapaz, na intenção de receber os presentes. O rapaz alegou para a moradora que, para a caixa ser liberada por correio, ela teria que pagar o valor de R$ 3 mil. A vítima então efetuou o depósito há cerca de uma semana em uma conta bancária, informada pelo homem. “Ele insistiu muito, mesmo eu dizendo que não queria receber”, relata.
Posteriormente ao ocorrido, uma mulher telefonou à moradora dizendo pertencer a uma empresa que despacharia a tal caixa de presentes, mas que a empresa tinha recebido uma multa de R$ 14 mil, pois haviam notas em dólares na referida embalagem, sendo algo ilegal. A mulher também disse que, caso a vítima não efetuasse o depósito do valor da multa, a caixa não seria envida. A moradora então disse à mulher que não pagaria o valor solicitado, mesmo havendo insistência por parte da mulher até esta terça-feira (14), por meio de mais telefonemas efetuados.
Ao perceber que se tratava de um golpe, a vítima procurou a Polícia Civil e comunicou o golpe. Ela informou o número da conta bancária a qual fez o depósito e contratou um advogado para garantir os direitos à respeito do caso.
Os criminosos ainda não foram identificados. O caso segue em apuração pela unidade policial.
Conheça os golpes mais aplicados via ligações telefônicas
A Delegacia de Estelionato de Curitiba/PR listou os 10 golpes mais aplicados em todo o país. Entre eles estão:
Carro quebrado
Golpe muito utilizado nas penitenciárias. Os estelionatários se passam por familiares das vítimas, em geral sobrinhos, a fim de obterem valores em dinheiro “emprestados”, forjando ser para o conserto de veículos. Apenas após o depósito, o golpe costuma ser descoberto.
Envelope vazio
Após promoverem compras de mercadorias via internet ou telefone, os criminosos efetuam depósitos em caixas eletrônicos com envelopes vazios e, somente após a entrega dos produtos, as vítimas descobrem que o envelope de depósito estava sem o valor.
Gincana de TV
Também muito efetuado por detentos, o golpe da gincana costuma informar a contemplação de prêmios em dinheiro, automóveis e imóveis. Mas, em troca do prêmio, as vítimas são induzidas a promoverem depósitos e recargas de crédito para celulares.
Falso sequestro
Acontece quando criminosos se passam por sequestradores, informando via ligações telefônicas, o falso rapto de familiares das vítimas que, sem saberem que se trata de um golpe, acabam por depositarem os valores solicitados para o resgate.
Programas habitacionais do governo
Muitos estelionatários também se passam por agentes do governo, solicitando dados pessoais das vítimas, alegando ser para o preenchimento de cadastros para sorteios de imóveis. Também solicitam valores em dinheiro para passar o nome do “contemplado” à frente da fila de entrega dos imóveis.
Vendas de produtos de programas do governo
Os criminosos oferecem os produtos de programas do governo, em maioria materiais para construção, a preços inferiores ao do mercado. Depois de realizar o pagamento, a mercadoria nunca é entregue às vítimas. Um golpe também muito utilizado dentro de penitenciárias.
Compra e venda pela internet
O golpista efetua a compra e emite um comprovante de depósito falso ao vendedor. No caso da venda, após a mercadoria ser paga, o estelionatário não envia a mercadoria solicitada, mas sim, algo no lugar, como tijolos e pedras em caixas de papelão.
Bilhete premiado
O criminoso apresenta um bilhete de loteria à vítima – supostamente premiado – e oferece valores em dinheiro como recompensa, caso uma conta bancária seja emprestada para receber o “prêmio”. Na intuição de subtrair os valores das vítimas, o golpista pede R$ 1 mil, por exemplo, para se certificar de que a conta estará em dia para o recebimento. Após tomar posse do dinheiro, o criminosos foge.
Pecúlio
Neste caso a vítima recebe uma carta timbrada de alguma vara cível, com dados pessoais e com a informação de ter um valor a receber – uma ação de pecúlio. No entanto, para o receber o valor, é necessário que a vítima pague o custo do processo. Desta forma, o golpe é aplicado.
Pacote de dinheiro
Os criminosos observam a futura vítima sacando elevada quantia em dinheiro em um banco e a seguem. A fim de chamar atenção da pessoas, um deles deixa um envelope cair. Um segundo estelionatário, aproxima e diz que também viu o acontecido e convence a vítima que os dois devem juntos devolver o dinheiro. A vítima então é levada a algum lugar para receber o valor de retribuição por ter devolvido o envelope, nesse momento, um dos criminosos subtrai os valores que estavam na bolsa da pessoa sem que ela perceba.
A Delegacia de Estelionato de Curitiba /PR sugere que, nesses casos, o contato seja rompido no ato e a vítima registre um B.O. na unidade da Polícia Civil mais próxima, informando o número de telefone e as contas bancárias informadas pelos golpistas.
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