Guarda Municipal promove campanha contra o uso de cerol em Artur Nogueira

Soltar pipa é uma atividade recreativa muito difundida entre crianças, adolescentes e adultos, em especial durante o período de férias escolares. Embora pareça uma brincadeira inofensiva, soltar pipa pode se tornar perigosa quando não utilizada de forma correta. Com esta ideia a Guarda Civil Municipal (GCM) de Artur Nogueira, aliada ao projeto Grupo Unido de Resistência às Drogas (Guard), está promovendo a campanha ‘Cerol Corta Vidas’, com o intuito de coibir o uso de cerol.

A campanha está sendo divulgada em escolas, estabelecimentos comerciais e repartições públicas do município. Segundo o guarda municipal e coordenador do projeto Guard de Artur Nogueira, Mauro Cesar Dionísio, o principal objetivo da campanha é informar a população a respeito dos riscos do uso de cerol e “evitar acidentes com cortantes, principalmente em tempo de férias escolares”, afirma. Dionísio acrescenta que a campanha ‘Cerol Corta Vidas’ funciona como um trabalho de prevenção à população, principalmente entre crianças e adolescentes, sendo importante expor os riscos e causas que podem resultar no uso de cerol.

A utilização deste material, que tem o intuito de cortar a linha de outras pipas, é responsável por acidentes entre motociclistas, ciclistas e pedestres. Com um pó de vidro moído, adicionado a cola e aplicado na linha utilizada para erguer a pipa, o poder de corte é capaz de causar ferimentos profundos e em alguns casos pode levar a morte. Existe também a linha chilena, feita com quartzo moído e óxido de alumínio, tendo um poder de corte quatro vezes maior que o cerol convencional.

Dionísio relata ainda que somente neste ano, ocorreram aproximadamente 30 casos envolvendo o uso de linha cortante que acarretaram ferimentos a motociclistas, ciclistas e pedestres no município.

Em caso de denúncias por uso de cerol a população pode recorrer a Guarda Civil Municipal pelos telefones (19) 3877-1823 / 156 / 99828-3379 (WhatsApp).

Leis e punições

No estado de São Paulo a Lei 10.017, em vigor desde 1998, proíbe a fabricação, comercialização e uso de cerol em linhas de pipas. A penalidade para esta ação pode levar o estabelecimento responsável a punições como multas, ou em caso de reincidência, ao fechamento do comércio.

A lei 12.192, sancionada desde 2006 também no estado de São Paulo, proíbe o uso de cerol e demais materiais cortantes em linhas de pipas. O descumprimento desta lei pode levar o infrator a pagar multa no valor de até cinco UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo). Em caso de menores que forem flagrados fazendo o uso do material cortante, os pais devem arcar com a responsabilidade.

O artigo 132, do Decreto de Lei nº 2.848 do Código Penal Brasileiro, prevê detenção de três meses há um ano, caso não constitua crime mais grave, à pessoa que expor a vida ou a saúde de terceiros ao perigo direto e iminente.