20/10/2015

Greve dos bancários chega ao 15º dia em Artur Nogueira

Funcionários de duas agências Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal permanecem paralisados

A greve dos bancários chegou nesta terça-feira (20) ao 15º dia. Funcionários de duas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal de Artur Nogueira estão paralisados desde o dia 6 de outubro e pedem por reajuste salarial de 16% e outros benefícios. Segundo o Sindicato do Bancários de Campinas e Região a greve segue por tempo indeterminado. Agencias do Bradesco, Itaú e Santander continuam funcionando normalmente. Representantes dos grevistas, sindicalistas da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) devem se reunir na tarde desta quarta-feira (20) em São Paulo/SP para negociação.

Até segunda-feira (19), a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) não havia apresentado nova proposta sobre o pedido da categoria. A única havia sido dada no dia 25 de setembro e previa reajuste de 5,5%, abaixo da inflação no período de setembro de 2014 e agosto de 2015 (9,88%), e abono de R$ 2,5 mil. A proposta foi rejeitada pelos bancários, reunidos em assembleia no dia 1º de outubro.

Em toda a Região Metropolitana de Campinas a greve atingiu 192 locais, entre agências e departamentos, sendo 103 em Campinas e 89 em outras 32 cidades.

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Segundo o Procon de São Paulo, mesmo com a greve as contas devem ser quitadas em dia para evitar juros e multas. Para isso o órgão aconselha ao consumidor entrar em contato com a empresa e pedir opções de formas e locais para pagamento, como internet, sede da empresa, casas lotéricas e código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos. Este contato deve ser documentado por e-mail ou número de protocolo de atendimento, para evitar possíveis reclamações.

As agências com atendimento interrompido em Artur Nogueira são a do Banco do Brasil, da rua 10 de Abril (em frente à prefeitura); Banco do Brasil, na Duque de Caxias; e Caixa Econômica Federal, da avenida Dr. Fernando Arens. Os caixas eletrônicos funcionam normalmente.

De acordo com o Sindicato do Bancários de Campinas e Região, além do reajuste salarial de 16% a categoria pede:

PLR: 3 salários mais R$ 7.246,82

Piso: R$ 3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/ babá: R$ 788,00 ao mês para cada um (SM nacional).

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate à terceirização imposta pelo Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/2015, que tem como origem o nefasto PL 4330/2004.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 


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