Famílias de Artur Nogueira reclamam de atraso em entrega de alimento especial

Um grupo de moradores se reuniu na praça da Igreja Nossa Senhora das Dores, no Centro de Artur Nogueira, durante a tarde desta quarta-feira (25) para protestar. Alegam não receber, desde dezembro do ano passado, os suplementos alimentares que deveriam ser entregues pela Prefeitura para aqueles que fazem o uso da dieta enteral – ingestão a partir de sonda. A Prefeitura contesta e afirma nunca ter deixado faltar o suplemento.

Pelo menos dez familiares estiveram presentes na ação e após conversarem com a imprensa se dirigiram a Prefeitura.

Rita de Fátima Pralom de Souza, moradora do Jardim Caetano, afirma enfrentar dificuldades com a dieta da filha, Maria Letícia Pralom de Souza, de seis anos, desde o nascimento da criança. “Todo ano é assim. A gente briga, briga e consegue. Chega o início de ano é essa dificuldade”, reclama Rita.

A moradora acredita no entanto, que a situação hoje é mais grave devido ao fato de os familiares das pessoas que dependem do suplemento estarem amparados por liminar que fora expedida no final do ano passado. Em mãos, Rita apresentava uma intimação expedida pela Juíza Substituta Roseli José Fernandes Coutinho, em que exigia o cumprimento da liminar. Caso não houvesse o fornecimento adequado da alimentação, o documento informa que a Prefeitura estaria sujeita a pagar multa diária de R$ 1 mil.

Sueli Aparecida Mistro Baasch vem de Cosmópolis para Artur Nogueira diariamente para cuidar da mãe, que há dois anos e meio sofreu um derrame e passou a se alimentar por sonda. “Minha mãe está atrofiada, na cama, e nós dependemos deste suplemento. Quando vamos na Prefeitura um joga para o outro e ninguém resolve. Já passei em cinco lugares e nem o jurídico da Prefeitura resolve”, diz Sueli, que afirma estar desde o início do mês passado sem receber os suplementos para alimentar a mãe.

A secretária de Promoção Social Sônia Pandolfo Caetano conversou com a imprensa ainda durante a tarde e garantiu que o repasse dos suplementos voltado as crianças está em dia, mas admite dificuldades na aquisição do alimento destinado à adultos. “A empresa atrasou a entrega, mas o que nós tínhamos, nós dividimos entre todos até chegar os demais suplementos”, afirma.

No caso específico da menina Maria Letícia, a secretária alega que, como foi trocada a medicação, não houve tempo hábil para o processo licitatório.

Ainda segundo a secretária houve uma demora de dez dias para a entrega dos produtos por parte dos fornecedores, no entanto o problema não deixou as pessoas sem alimento, afirma Sônia. A secretária garante ainda que até a próxima sexta-feira (27) o fornecimento da suplementação para a dieta enteral entre todos os solicitantes estará normalizado.