20/11/2015

Família acusa presidente da Apae de agredir aluno em Artur Nogueira

João Nunes, presidente da entidade há cinco anos, nega acusação. Advogada da Apae diz que aguarda intimação para se pronunciar sobre o caso.

A família de um aluno da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) acusa o presidente da entidade em Artur Nogueira de ter agredido o adolescente no pátio da escola. De acordo com o Boletim de Ocorrência, após o estudante, de 14 anos, ter cumprimentado o presidente da Apae, João Nunes de Viveiros Filho, com um tapa nas costas, o dirigente da escola teria revidado o tapa, deixando uma marca nas costas do adolescente. O Conselho Tutelar afirma estar ciente da situação e explica que está tomando as devidas providências. O caso deve ser encaminhado à Promotoria do município.

Paula Aparecida Robles Guedes Giraldin, mãe do aluno, afirma que foi chamada na escola na tarde da última sexta-feira (13), onde recebeu a notícia de que seu filho havia levado um tapa. Assustada, a mãe ficou incrédula quando informaram que o suposto agressor seria justamente o presidente da entidade.

Portador de necessidades especiais, o adolescente faz o uso de traqueostomia devido a um problema pulmonar que enfrenta desde bebê. Além disto, ele é deficiente auditivo.

Os pais acionaram o Conselho Tutelar e informaram o caso à Federação das Apaes do Estado de São Paulo. O pai, Alex Giraldin, se mostrou revoltado com a situação e afirma que irá até o fim para garantir que o caso seja esclarecido. “Eu nunca fiz isso com o meu filho, de dar um tapa desta proporção nas suas costas”, disse o pai.

Procurado pelo Portal Nogueirense, o presidente da entidade se mostrou indignado com a acusação e negou que tenha agredido o adolescente. No entanto, ele preferiu não se pronunciar sobre o assunto e solicitou que procurássemos o jurídico da entidade. Por telefone, a advogada Silvana Coelho Zar afirmou que a Apae só vai se posicionar após receber intimação. Ela alega não ter conhecimento sobre nenhuma ação contra a entidade ou suas representações.

Segundo a mãe, desde o ocorrido o adolescente não foi mais a Apae. Ele frequenta a entidade desde os quatro anos e, de acordo com a mãe, é a primeira vez que acontece algo com o filho. “O meu problema é com o seu João e não com a Apae, que sempre foi como se fosse uma segunda casa para o meu filho. Ele tem que ser afastado, senão eu não vou ter paz em deixar meu filho lá, virar as costas e vir pra casa”, desabafa a mãe.

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