10/09/2017

Estelionato gera prejuízo somado em R$ 3.600 em Artur Nogueira

Golpes foram aplicados mediante ligações telefônicas

Da redação

Dois moradores de Artur Nogueira foram vítimas de supostas ações de estelionato no município, após efetuarem depósitos solicitados em contas bancárias. Os delitos tiveram registro na Delegacia de Polícia do município nesta sexta-feira (8) e sábado (9).

O primeiro delito diz respeito a um morador do Jardim Vista Alegre, um ajudante geral de 52 anos. O Boletim de Ocorrência (B.O.) aponta que, após ver um anúncio a respeito de empréstimo consignado na internet, a vítima entrou em contato com uma atendente da cooperativa financeira por meio de uma ligação telefônica.

O valor do empréstimo a ser solicitado seria de R$ 10 mil. A pessoa atendeu a vítima disse que ele teria que fazer um depósito de R$ 500 em uma conta bancária, para que o valor fosse liberado. Posteriormente ao depósito, o dinheiro não tinha sido liberado.

Em um novo contato, a atendente solicitou que o valor fosse depositado na conta novamente, então, o morador fez outros depósitos, que desta vez, totalizaram R$ 1.760. Mesmo tendo feito os demais depósitos, o valor do empréstimo não teve transferência à conta bancária da vítima.

O morador então se deslocou à Delegacia der Polícia do município para prestar a queixa, mas até o momento, não teve pistas que levem ao paradeiro dos criminosos.

Caso semelhante

Já o caso seguinte envolve uma vendedora autônoma, residente no bairro Bevenuto. O B.O. descreve que a moradora, de 52 anos, recebeu uma ligação telefônica em que um se identificou como o sobrinho dela.

O suposto sobrinho solicitou a quantia de R$ 1.900 emprestada, para que ele pudesse pagar o “concerto” do carro, que apresentou problemas mecânicos na estrada. Sem desconfiar de que se tratava de um golpe, a vítima fez o depósito.

Mais tarde, em uma nova ligação, o mesmo homem pediu mais dinheiro em um novo depósito, desta vez, de R$ 1.200. Mas a vítima passou então a desconfiar da situação e ligou para o sobrinho, sendo informada de que ele não pediu dinheiro algum para ela.

A moradora também foi à Delegacia para registrar a queixa, mas o criminoso ainda não teve identificação.

A Polícia Civil investiga os crimes.

Golpes mais aplicados atualmente

A Delegacia de Estelionato de Curitiba/PR listou os 10 golpes mais aplicados em todo o país. Entre eles estão:

Carro quebrado

Golpe muito utilizado nas penitenciárias. Os estelionatários se passam por familiares das vítimas, em geral sobrinhos, a fim de obterem valores em dinheiro “emprestados”, forjando ser para o conserto de veículos. Apenas após o depósito, o golpe costuma ser descoberto.

 Envelope vazio

Após promoverem compras de mercadorias via internet ou telefone, os criminosos efetuam depósitos em caixas eletrônicos com envelopes vazios e, somente após a entrega dos produtos, as vítimas descobrem que o envelope de depósito estava sem o valor.

Gincana de TV

Também muito efetuado por detentos, o golpe da gincana costuma informar a contemplação de prêmios em dinheiro, automóveis e imóveis. Mas, em troca do prêmio, as vítimas são induzidas a promoverem depósitos e recargas de crédito para celulares.

Falso sequestro

Acontece quando criminosos se passam por sequestradores, informando via ligações telefônicas, o falso rapto de familiares das vítimas que, sem saberem que se trata de um golpe, acabam por depositarem os valores solicitados para o resgate.

Programas habitacionais do governo

Muitos estelionatários também se passam por agentes do governo, solicitando dados pessoais das vítimas, alegando ser para o preenchimento de cadastros para sorteios de imóveis. Também solicitam valores em dinheiro para passar o nome do “contemplado” à frente da fila de entrega dos imóveis.

Vendas de produtos de programas do governo

Os criminosos oferecem os produtos de programas do governo, em maioria materiais para construção, a preços inferiores ao do mercado. Depois de realizar o pagamento, a mercadoria nunca é entregue às vítimas. Um golpe também muito utilizado dentro de penitenciárias.

Compra e venda pela internet

O golpista efetua a compra e emite um comprovante de depósito falso ao vendedor. No caso da venda, após a mercadoria ser paga, o estelionatário não envia a mercadoria solicitada, mas sim, algo no lugar, como tijolos e pedras em caixas de papelão.

Bilhete premiado

O criminoso apresenta um bilhete de loteria à vítima – supostamente premiado – e oferece valores em dinheiro como recompensa, caso uma conta bancária seja emprestada para receber o “prêmio”. Na intuição de subtrair os valores das vítimas, o golpista pede R$ 1 mil, por exemplo, para se certificar de que a conta estará em dia para o recebimento. Após tomar posse do dinheiro, o criminosos foge.

Pecúlio

Neste caso a vítima recebe uma carta timbrada de alguma vara cível, com dados pessoais e com a informação de ter um valor a receber – uma ação de pecúlio. No entanto, para o receber o valor, é necessário que a vítima pague o custo do processo. Desta forma, o golpe é aplicado.

Pacote de dinheiro

Os criminosos observam a futura vítima sacando elevada quantia em dinheiro em um banco e a seguem. A fim de chamar atenção da pessoas, um deles deixa um envelope cair. Um segundo estelionatário, aproxima e diz que também viu o acontecido e convence a vítima que os dois devem juntos devolver o dinheiro.  A vítima então é levada a algum lugar para receber o valor de retribuição por ter devolvido o envelope, nesse momento, um dos criminosos subtrai os valores que estavam na bolsa da pessoa sem que ela perceba.

A Delegacia de Estelionato de Curitiba /PR sugere que, nesses casos, o contato seja rompido no ato e a vítima registre um B.O. na unidade da Polícia Civil mais próxima, informando o número de telefone e as contas bancárias informadas pelos golpistas.

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