25/08/2016

Escola de Artur Nogueira recebe palestra sobre ‘Corredor das Onças’

Bióloga apresentou aos alunos projeto que preza pelo equilíbrio da fauna local.

Da redação

Na última sexta-feira (19), a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Francisco Cardona recebeu a visita da bióloga Márcia Rodrigues, coordenadora do ‘Corredor das Onças’, projeto que visa se trata da conexão de trechos de floresta na divisa entre Artur Nogueira e Cosmópolis por meio da implantação de novas florestas. Esses corredores permitem que animais se desloquem por áreas maiores, sem sair do seu habitat natural, o que traz mais segurança a eles e aos seres humanos.

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O Projeto Corredor das Onças é uma iniciativa do Instituto Chico Mendes em parceria com o Instituo de Economia da Unicamp.  A conexão de trechos de floresta através da criação de corredores verdes, uma estratégia utilizada quando a intenção é ampliar o equilíbrio da biodiversidade de uma região. Esses corredores permitem que animais se desloquem por áreas maiores, sem sair das florestas. Assim, populações de diferentes espécies encontram ambientes mais adequados para se expandirem e toda uma complexidade maior de inter-relações entre flora e fauna fortalece a diversidade e todo o ecossistema.

Segundo Márcia Rodrigues, coordenadora do projeto que explicou o que é o ‘Corredor das Onças’ aos alunos da escola, a onça-parda é o mais imponente animal da região, responsável pelo equilíbrio da fauna e pela manutenção da biodiversidade. “Ela mantém sob controle a população de capivaras, tatus e lebres, que representam suas principais presas e que são hospedeiros do carrapato-estrela, causador da febre maculosa”, contou durante a palestra na EMEF Francisco Cardona. Ainda de acordo com a bióloga, outros animais, alguns ameaçados de extinção, também se beneficiam com a presença da onça-parda, como a jaguatirica e o gato do mato que dividem suas presas e seus habitantes.

A conexão entre as duas áreas é viabilizada pelas matas ciliares dos cursos d’água que nascem nas unidades de conservação e deságuam em dois grandes rios da região: o Rio Pirapitingui – que deságua no Rio Jaguari, no caso da Arie Matão de Cosmópolis –, o Rio das Pedras – que deságua no Ribeirão das Cabras – e o Rio Atibaia –  no caso da Arie Santa Genebra.

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