02/12/2017

Escola Amaro comemora 50 anos e reúne familiares, educadores e alunos

Cerimônia recordou legado deixado por José Amaro Rodrigues em Artur Nogueira

Da redação

Em uma cerimônia especial, a Escola Estadual José Amaro Rodrigues comemorou 50 anos na noite desta sexta-feira (1) em Artur Nogueira. Familiares do patrono, professores e estudantes se reuniram para recordar e contar as histórias que marcaram o mais tradicional colégio estadual do município.

Os alunos e professores prepararam uma exposição com centenas de fotografias que marcaram as cinco décadas da escola. Imagens do prédio, de antigos educadores, ex-alunos ficaram expostas no pátio.

A cerimônia foi conduzida pelo professor e coordenador pedagógico Edivaldo Silva. “Tivemos uma noite muito especial e emocionante com a apresentação de trabalhos feitos pelos próprios alunos, que estudaram e recordaram a história da nossa escola. Costumo dizer que sempre é necessário o resgate de nossas origens. O ser que não valoriza a sua história simplesmente não existe. E a escola José Amaro tem o orgulho de manter isso”, afirma o coordenador.

Waldyrene Palma de Lima Gonçalves está como diretora da escola há cinco anos. Para ela, o evento fortalece a união entre a comunidade e a escola. “Reunir pessoas tão especiais, que marcaram a escola Amaro, é uma grande alegria. Como foi gratificante rever alunos, professores e diretores que passaram por aqui e familiares que reforçaram a importância do nosso patrono para a educação de Artur Nogueira. Tudo isso é maravilhoso, pois une gerações”, comenta a diretora.

Familiares de José Amaro Rodrigues também participaram da cerimônia. O filho do patrono recordou o legado deixado pelo pai. “Ele foi um grande educador. Lecionava para toda a comunidade. Tinha a leitura como um verdadeiro hábito. Lia o jornal todos os dias e transmitia as notícias para todos a sua volta. Foi um grande homem que contribuiu muito para o nosso município”, recorda Ederaldo Amaro Rodrigues.

A neta do patrono relembrou a vida e os ensinamentos do avô. “Estou muito feliz e emocionada em ver a Escola José Amaro Rodrigues tão bonita, organizada e bem cuidada como está. Os alunos desta escola têm muita sorte e privilégio. Meu avô foi um homem muito generoso, paciente e um educador, que tinha o dom de ensinar. Estou aqui como neta do patrono e também como ex-aluna, muito orgulhosa pela história que é recordada”, relembra Lígia Rodrigues Guidolin.

A cerimônia ainda contou com a presença do ex-diretor João Miguel Gazolli, do ex-coordenador Paulo Munhoz, que também é filho do ex-diretor da escola, José Apparecido Munhoz. A ex-diretora Izete De Fáveri Paes foi representada pela filha, Juliana Paes Alencastro Saviano.

No final, todos os presentes receberam uma edição do jornal “50 anos da E.E. José Amaro Rodrigues” que foi coordenado por Fátima de Oliveira Santos Barbosa, professora de Língua Portuguesa e Literatura da escola, que se dedicou com afinco e orientou um grupo comprometido de alunos.

PATRONO

Filho de descendentes portugueses, José Amaro Rodrigues nasceu em 18 de agosto de 1897 em Limeira (SP), mas foi nas terras “nogueirenses” que ele construiu a família, o trabalho e deixou um importante legado. As dificuldades da época fizeram com que ele estudasse com dificuldade através do ensino particular. Era um estudante nato, gostava de ler e ensinar. No sítio onde morava, José Amaro alfabetizou os empregados, irmãos, o pai e até os vizinhos.

Um exemplo de pai e marido, foi casado com Rosa Vicensotti. Em 1952 foi eleito como segundo prefeito de Artur Nogueira, após receber 555 votos. Homem de visão, acreditava no poder da educação para transformar a sociedade. Morreu aos 70 anos de idade, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Em 13 de dezembro de 1967, o então Colégio Estadual de Artur Nogueira (Gean) passou a ser denominado Colégio Estadual José Amaro Rodrigues. A inauguração da escola aconteceu cinco anos mais tarde, em 1972.

Para o historiador Geso Franco de Oliveira, José Amaro foi um dos nogueirenses mais importantes da história. “Ele foi uma pessoa com bastante discernimento, que contribuiu de forma muito honrosa para a construção do nosso município. Tinha prazer em ensinar, naquela época, à luz de vela e lampião. Com a sua morte em 1967, foi um anseio de toda a comunidade que esta escola passasse a ter o nome dele”, declara Geso.


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