28/02/2016

Encontro de Motos confirma Marcelo Nova em Artur Nogueira

Este ano evento acontece de 21 a 24 de abril e traz ainda a vocalista da banda Velhas Virgens

A organização do Encontro de Motos confirmou as vindas de Marcelo Nova, além da cantora Juliana Kosso, vocalista da banda Velhas Virgens, na 20ª edição do evento, que acontece nos dias 21 a 24 de abril deste ano no Balneário Municipal, em Artur Nogueira. Além do fundador da banda Camisa de Vênus e de Juliana, que devem ser as atrações deste ano, mais de 20 bandas devem animar o evento que terá edição comemorativa.

Há dois anos a vinda de Nova já havia sido cogitada pela organização, mas na época não foi possível fechar o contrato. Desta vez o vocalista do Camisa de Vênus e ícone do rock nacional já está confirmado. “Ele só não virá se romper o contrato”, afirma Celso Galinari, organizador do evento.

Por esta edição ser comemorativa de 20 anos de Encontro de Motos não haverá o Cultura Rock, na quinta-feira, primeiro dia de evento, mas um “Rock Day” com a apresentação de cinco bandas. Neste dia, a entrada será gratuita.

Apresentam-se na abertura do encontro Casa Vermelha, com tributo a Jimmy Hendrix; Sete Galo; Metálica Cover; Senhores Lokos; e Monalisa, com tributo a Tim Maia.

Na sexta-feira, dia 22, o evento terá as bandas Trilha Zero, Guns N’ Roses Cover, Killers Kiss Cover. No sábado (23), Banda Soul Blues, Espiral 8, Nacontramão com tributo a Credence, Bayhall, Radio Machine, Marcelo Nova e Roberto Seixas. E encerrando o encontro Will Duka e banda, Zé Ramalho Cover, Inlakesh, Rokellme, Juliana Kosso do Velhas Virgens e Luoc – Legião Urbana Original Cover.

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Marcelo Nova

O cantor Marcelo Drummond Nova nasceu em Salvador, Bahia, em 16 de agosto de 1951. Desde os nove anos, ele colecionava discos de rock e se aproximava do gênero musical.

Pouco mais de 20 anos depois, no fim dos anos 70, Nova já comandava o programa Rock Special” na rádio Aratu, em Salvador, tocando de Led Zeppelin e Jimi Hendrix a Sex Pistols e Buzzcocks.

Em 1980, Nova monta o Camisa De Vênus, sua primeira banda, formada por ele próprio como líder e vocalista, Karl Hummel e Gustavo Mullem nas guitarras, Robério Santana no contrabaixo e Aldo Machado na bateria. Devido à popularidade do “Rock Special”, Nova consegue divulgar os shows do Camisa e transformar a anárquica banda em uma sensação na capital baiana.

Sob o nome Camisa de Vênus, Marcelo lança, além de seu primeiro EP de “Controle Total”, 5 álbuns: “Camisa De Vênus”, “Batalhões de Estranhos”, “Viva”, “Correndo O Risco” e “Duplo Sentido”, ganhando discos de ouro e de platina.

Em 1987, o Camisa é dissolvido após Marcelo anunciar que sairia da banda.

Nesse ínterim ele monta a “Envergadura Moral”, banda formada por músicos com os quais ele nunca havia tocado antes e lança, em 1988, o álbum “Marcelo Nova e a Envergadura Moral”.

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Em 1983, Raul Seixas dirige-se ao Circo Voador, no Rio de Janeiro, com o objetivo de conhecer Marcelo e assistir ao show do Camisa de Vênus. Quatro anos depois, os dois compõem sua primeira canção juntos: “Muita Estrela, Pouca Constelação”, do álbum “Duplo Sentido”. Essa parceria e amizade entre Nova e Seixas foram definitivamente concretizadas no álbum de 1989, “A Panela do Diabo”.

Retomando sua carreira solo, Marcelo lança, em 1991, o álbum “Blackout”, utilizando-se de violões, baixo acústico, bateria, acordeon, mandolim, piano e gaita para gravar primeiro disco com banda totalmente acústico de que se tem notícia na história do rock.

Três anos depois, Nova mostra o outro lado da moeda e lança “A Sessão Sem Fim”, um disco de sonoridade crua e pesada, que mereceu do jornalista André Forastieri a declaração: “Marcelo Nova é por definição o único rocker brasileiro. O único, não tem outro!”

Em 1995, Marcelo se reúne com os antigos companheiros Karl Hummel e Robério Santana que, somados a Luiz Carlini, Carlos Alberto Calazans e Franklin Paolilo (banda com que Nova gravou o álbum “A Sessão Sem Fim”), integraram a segunda formação do Camisa de Vênus e lançam o disco ao vivo “Plugado”.

No ano seguinte sai “Quem É Você?”, primeiro disco de estúdio do Camisa em 9 anos.

Em 1998, Marcelo retorna à sua carreira solo com o álbum “Eu Vi O Futuro, Baby, Ele É Passado”. O disco foi mixado por Roy Cicala, no “iiwii Studios”, em New Jersey.

No ano seguinte, Nova lança “Grampeado Em Público Volumes I e II”, a gravação de um show em Jandaia do Sul, PR, feita por um fã que, para obtê-la, pagou R$50 para o técnico de som, sem o conhecimento prévio de Marcelo. Ele gostou tanto do registro que decidiu lançá-lo, como uma espécie de bootleg, ou disco pirata.

O trabalho iniciado em 1996 com Eric Burdon, veio a se consolidar em 2004 com o lançamento do seu primeiro álbum de inéditas em mais de uma década, “My Secret Life”.

Em 2011, Marcelo lança um grande registro ao vivo de sua carreira. Comemorando 30 anos de estrada, Nova subiu ao palco do elegante Bolshoi Pub, em Goiânia, passando pelas canções de sua carreira solo, da parceria com Raul e do Camisa de Vênus. Além do CD duplo e do DVD, a apresentação pode ser encontrada também em Blu-ray, o primeiro lançamento do rock brasileiro nesse formato.

Após oito anos sem lançar um disco de canções inéditas, Marcelo Nova retorna com “12 Fêmeas.

Juliana

Nascida em Jundiaí, interior de SP, Juliana Kosso foi apresentada à música pela mãe e irmãos mais velhos, que a fizeram crescer com os melhores sons e ruídos da música universal.

Em meados de 1995 entrou para a segunda formação do grupo infantil “A Patotinha”, onde foi coletando prestígio e criando redes de relacionamento em TV’s e rádios do país.

Já em 1997, Juliana se tornou vocalista principal da banda Coyote.

Nesse período, ela se firmou no cenário musical vindo a lançar em 2003 o CD “DNA”, com apoio da Sony Music, apresentando o disco em programas nacionais como “SuperPop”, “A Noite é Uma Criança” e “Swing com Syang”. Vale lembrar que a banda contou com o apoio da Sony Music, na época.

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Três anos depois, em 2005, Juliana foi premiada como melhor vocal e banda independente do interior do Estado de São Paulo, no prêmio Berço do Rock. E em 2006, a banda foi indicada como banda Revelação no prêmio Dia do Rock. Juliana recebeu também, o prêmio Quality, por melhor projeto de banda independente e vocal, no Hebraica, em São Paulo.

Em 2007, a banda Coyote lançou o CD “Do Outro Lado”, último em que Juliana participou.

Depois da experiência com o grupo, a vocalista se consolidou em grupos independentes e se uniu a Velhas Virgens, com a qual lançou o disco “Ninguém Beija Como as Lésbicas”.


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