ESPECIAL DIA DAS MÃES: A força do amor materno

Deolinda, Vó Nair e Angelina desenvolvem trabalhos voluntários em Artur Nogueira 

…………………………

Quézia Amorim

No último domingo (13), foi comemorado o Dia das Mães. Uma data para homenagear a todas as mulheres que desempenham o papel materno, sejam elas biológicas ou, como conhecidas popularmente, ‘mães de coração’.

Uma mãe pode ser uma tia, uma avó ou até mesmo uma desconhecida. Em Artur Nogueira, três mulheres demonstram o quanto o amor materno pode ser multiplicado. Elas desempenham trabalhos sociais voluntários, ou seja, não ganham financeiramente para tal função, mas nos dão uma verdadeira lição de solidariedade e amor.

São mulheres que além de terem se dedicado à educação de seus filhos, cuidam de outras crianças com o mesmo amor que deram a sua própria família. Confira:

Deolinda Marco, de 67 anos de idade, possui cinco filhos, sendo três casados e dois que ainda moram com ela. Há 22 anos coordena atividades da instituição filantrópica Casa do Caminho, que cuida aproximadamente de 90 crianças, entre 6 e 13. Para Deolinda, a tarefa de cuidar de várias crianças precisa ser feita com muito carinho e dedicação, sendo preciso lutar para preparar essas crianças para o mundo. “O trabalho voluntário não é apenas sair dando coisas que você possui para alguém, é muito mais que isso, o trabalho precisa ser feito com amor, com o coração. O trabalho que desenvolvemos com as crianças não visa a autopromoção, apenas compartilhamos o nosso melhor com eles”, afirma a coordenadora da entidade.

Angelina Torres, de 50 anos de idade, possui três filhos e há sete anos coordena aproximadamente 300 gestantes, mães e filhos, com idade entre de 0 a 6 anos, na Pastoral da Criança da Igreja Nossa Senhora das Dores. Todo terceiro sábado do mês ela faz visitações em três comunidades nogueirenses: Auxiliadora, São Sebastião e Santa Terezinha. Além de ministrar palestras sobre saúde da mãe e filho, ela verifica a condição de saúde, aconselha e ensina os melhores métodos para solucionar os problemas. “Tudo o que aprendemos de bom e de graça, temos que passar com amor e gratuitamente também. Não existe papel mais bonito que o de uma mãe. Você se dedica e depois vê o que realizou através dessa dedicação”, afirma.

Nair Versolatto (Vó Nair), de 79 anos de idade, mãe de seis filhos, há mais de 14 anos está à frente da Instituição Evangélica Filadélfia de Artur Nogueira (Iefan), que acolhe e cuida de aproximadamente 50 crianças de 3 a 14 anos de idade. A entidade sobrevive com ajuda de voluntários e subvenção de cinco salários mínimos disponibilizados pela Prefeitura. “A gente tira as crianças da rua, criando uma nova oportunidade de aprendizagem e fé a elas. São crianças carentes, que muitas vezes não recebem nem um abraço dos próprios pais. É muito gratificante poder cuidar dessas crianças, elas são uma verdadeira benção em minha vida e significam muito para mim”, afirma a idealizadora da Iefan.