07/11/2014

Devido à estiagem, lava rápidos de Artur Nogueira são abastecidos com caminhões pipa e sobem 40% nos preços

Medida foi adotada nos últimos meses

Com a falta de chuva a rotina de alguns lava rápidos de Artur Nogueira mudou. Para poder continuar as lavagens sem desperdiçar, os empresários passaram a comprar água não tratada e também a buscar alternativas de armazenamento, o que refletiu no aumento de 40% nos preços.

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No lava rápido Marcelo Lavagem e Polimento, do seu Arlei Franco de Oliveira, a situação também não é diferente. “Antes pagávamos R$ 200 por mês e hoje gastamos muito mais na semana. Mas sabemos que é válido, infelizmente reflete nos preços”, esclarece Oliveira que também passou a cobrar R$ 100 a lavagem.

Segundo Oliveira,  no estabelecimento em que trabalha são atendidos cerca de 20 carros por dia, o que gera um consumo de 17 mil litros de água por semana. “Nosso trabalho depende de água. Então dois caminhões pipas vem pra cá por semana e depositam em nosso tanque. E isso já vem acontecendo há três meses. Vamos nos adaptando e sobrevivendo”, explica o empresário.

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A água que está sendo usada nestes lava rápidos não é tratada. Normalmente são retiradas de poços, rios e represas. Isso se deve ao fato dos automóveis não necessitarem de água com flúor e cloro. “A água para lavar carros só não pode ser tão suja, mas não precisa passar por um processo como se fosse para o uso pessoal”, explica Ferreira. Oliveira também concorda e complementa dizendo que a água comprada atualmente vem com cheiro de peixe, mas “isso não interfere na lavagem e muito menos no produto final”.

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Decreto

No decreto nº 057/2014, criado pelo prefeito Celso Capato, ficou proibido o funcionamento de lava jato, lavador automático e lavagem manual de veículos em postos de gasolina, independente se estes possuem poço artesiano. O não cumprimento desse decreto implica em multa no valor de R$ 5 mil. Para os reincidentes o valor será duplicado.

Devido a esse decreto, estipulado no dia 4 de agosto deste ano, os estabelecimentos tem se adequado. Segundo Oliveira a fiscalização passa na empresa toda semana.

Além dos lava rápidos, a lei de nº 3.191 também penaliza os moradores que gastarem água tratada para lavagem de calçadas, quintais e outros fins desnecessários. Neste caso, os nogueirenses são multados em R$ 500, e em caso de reincidência o valor é dobrado.


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