01/09/2010

Destaque no Jiu-jítsu

Quem gosta de jiu-jítsu não pode deixar de conhecer o Vagner Ribeiro. O lutador de 36 anos, conquistou a medalha de ouro na VII Copa de jiu-jítsu de Rio Claro. Vagner pretende dar aula a crianças carentes de Artur Nogueira. Confira a entrevista.

Por Hidaiana Rosa

Quem gosta de jiu-jítsu não pode deixar de conhecer oVagner Ribeiro. O lutador de 36 anos, conquistou a medalha de ouro na VII Copa de jiu-jítsu de Rio Claro. Vagner pretende dar aula a crianças carentes de Artur Nogueira. Confira a entrevista.

De onde surgiu o interesse em praticar esse esporte? Comecei a lutar por intermédio de um amigo. Ele me apresentou o esporte. Gostei da modalidade e pratico há quatro anos.

Existe algum preconceito contra os lutadores de jiu-jítsu? Quando o Jiu-Jitsu surgiu no Brasil, muitos lutadores usavam a técnica da luta para brigar na rua – isso banalizava o esporte. Mas jiu-jítsu não é sinônimo de briga. Existe uma comunidade no orkut denominada “Quem luta, não briga”, e essa é a verdade.

Como você se prepara para os campeonatos? Treino de segunda à sábado, três horas por dia, na academia Gracie Barra, em Cosmópolis. Me alimento de forma adequada.

Como é a sua alimentação? Não bebo refrigerante, não como carne vermelha e como salada.

Você participou de campeonatos de peso como os Campeonatos Paulista, Brasileiro e Mundial de jiu-jítsu. Como você avalia a sua participação e os eventos em questão? Em todos esses campeonatos, o nível dos atletas era muito bom, portanto me senti feliz, de primeiro momento, só pela participação. Obtive o 1° lugar no Campeonato Paulista, 2° lugar no Campeonato Brasileiro, 1° lugar no Campeonato Sulamericano e 3° lugar no Campeonato Mundial. Foi uma honra participar desses campeonatos e ficar nos lugares mais desejados do pódio.

Você já recebeu alguma proposta de patrocínio? Não.

Caso recebesse, iria aceitar? Quer se profissionalizar no esporte? Sim, aceitaria. Acredito que quando você é pago para representar uma marca, precisa mostrar empenho, dedicação e resultados. Tornar o jiu-jítsu uma profissão, seria bom, pois eu poderia treinar mais e me focar no esporte.

O campeonato Sulamericano de jiu-jítsu foi realizado em Jaguariúna, uma cidade pequena, comparada a grandes metrópoles. Você acredita que Artur Nogueira possui condições de realizar campeonatos desse porte? Acredito que sim. Basta haver organização e divulgação. O Sulamericano, em Jaguariúna, foi de altíssimo nível e a organização foi muito competente. Artur Nogueira possui bons espaços para realizar vários campeonatos de jiu-jítsu. Campeonatos desse tipo são bons para a cidade, pois atrai várias pessoas.

O que um lutador de jiu-jítsu precisa ter? Disciplina e vontade. jiu-jítsu não é força, é técnica. O lutador precisa ser lapidado.

Como é feita a graduação no jiu-jítsu? Os atletas são divididos por faixas. O iniciante começa com a faixa branca e depois vai graduando-se faixa azul, roxa, marrom, preta e vermelha. Trocar de faixa exige dedicação e o lutador passa por exames, também.

Qual é a sua faixa? Sou faixa roxa. Quando um lutador possui a faixa roxa, ele já pode ser instrutor técnico.

Quais são os seus planos como faixa roxa? Quero montar um tatame no quintal da minha casa. Dar aulas gratuitas para crianças que não possuem condições financeiras de pagar uma academia. Acredito que o esporte é uma das melhores maneiras de afastar crianças e jovens do mundo das drogas e violência.

Como as pessoas te receberam após as suas conquistas nos campeonatos? A recepção foi muito boa. O mérito das minhas vitórias não é apenas meu. Tem toda uma equipe por trás. Se não fosse pela equipe Gracie Barra e o apoio do meu professor Anderson Caverna, acredito que não chegaria onde cheguei. Pois não basta apenas vontade, tem que ter técnica.


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