08/10/2017

Desaparecimento de Arieli completa uma semana em Artur Nogueira

Família ainda não tem pistas sobre paradeiro da adolescente

Da redação

“O desespero da gente começou exatamente no domingo (1) à noite, às 22h30”, conta Pauliane Pinheiro dos Santos, com a voz embargada. “A gente ligou para o celular dela a partir desse horário, e ainda chamava. Depois das 2 horas da manhã, não chamou mais. Nunca mais”, acrescenta com um suspiro, demonstrando o cansaço físico e emocional que se abateu sobre ela nos últimos sete dias.

Há uma semana, a sobrinha de Pauliane, Arieli Pinheiro dos Santos, desapareceu em Artur Nogueira. Desde então, a rotina dos moradores da casa 253 da Rua João Carrari, no Jardim Olinda, ganhou ares de pesadelo. Após diversos apelos e campanhas nas redes sociais, o destino da adolescente permanece um mistério.

Durante a noite de 1º de outubro, Arieli foi até a frente da residência para conseguir tentar usar o wifi do vizinho. De acordo com a família, essa era uma prática comum dela e dos primos. Quando ficava tarde e muito escuro, a mãe a chamava para dentro. “Sempre foi assim. Mas nesse domingo a gente a chamou, e ela não respondeu”, relembra a tia.

Pauliane, seu pai, sua mãe e seus dois filhos estavam conversando no corredor da casa quando notaram o horário avançado e chamaram Arieli. O silêncio os deixou preocupados. E o medo de algo ruim virou desespero quando perceberam que a menina de 13 anos não estava na varanda da residência – nem na calçada, nem na rua.

Procuraram nos vizinhos, ligaram para parentes, percorreram as ruas do bairro todo. Nem sinal de Arieli. Encontraram uma viatura da Ronda Ostensiva Municipal (Romu) e contaram o que estava acontecendo. Os agentes pegaram fotos e dados, e passaram a noite tentando encontrar a adolescente. A família procurou a Delegacia de Polícia Civil e registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.).

O caso se tornou público. Postagens foram feitas em redes sociais e o Portal Nogueirense noticiou o desaparecimento da adolescente já na manhã de segunda-feira (2). No dia seguinte, Pauliane e uma prima de Arieli, Jéssica, foram entrevistadas ao vivo no Boletim Nogueirense. Elas se emocionaram e fizeram um apelo que comoveu os moradores de Artur Nogueira.

Apesar disso, a família ainda não possui nenhuma pista de Arieli. Os esforços para encontrá-la, porém, não diminuíram. “A gente dorme do lado de fora da casa, numa cadeira, ou dorme na rua mesmo, procurando por ela”, relata Pauliane. “Mas estamos na estaca zero. Nem sabemos como anda a investigação”.

Investigação

Pode contribuir com a família o fato de, também nesta semana, Artur Nogueira ter recebido seu primeiro delegado titular em quase três anos. O Dr. Lúcio Antônio Petrocelli assumiu o posto na quinta-feira (5) e conta com o apoio de três investigadores. Ele afirma que vai trabalhar em conjunto com os outros departamentos de segurança da cidade e da região para otimizar o trabalho já desempenhado no município.

Uma investigação sobre o desaparecimento de Arieli foi aberta, mas nenhuma novidade a respeito do caso veio a público. A única coisa que se sabe é que uma jaqueta que supostamente pertence à adolescente foi apreendida na última semana em Artur Nogueira. A família acionou a polícia após ser informada de que a menina teria sido vista em Engenheiro Coelho (SP) na companhia de um homem.

Os agentes se deslocaram até o local apontado na denúncia e encontraram um suspeito, que negou conhecer Arieli. Após vasculharem a área, os policiais encontraram uma jaqueta no carro do rapaz abordado. Familiares de Arieli disseram que a peça pertencia à adolescente, mas o indivíduo disse que era da irmã dele.

O rapaz foi liberado, e a jaqueta, apreendida. As investigações continuam.

Caso alguém identifique a jovem, deve ligar para a Delegacia do município por meio dos telefones 3877-1400 e 3877-1100.

Confira abaixo a entrevista com a família de Arieli:

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