27/04/2017

Correios de Artur Nogueira não aderem à greve nacional

Apenas um funcionário participa da paralisação, que começou nesta quinta-feira (27) e não tem previsão para acabar

Da redação

A agência dos Correios de Artur Nogueira não aderiu à greve nacional da categoria, que afetou milhares de unidades nesta quinta-feira (27). Segundo a gerência da unidade, apenas um dos funcionários vai participar da paralisação, que deve durar por tempo indeterminado. Por conta disso, os serviços do local continuam operando normalmente.

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A interrupção parcial da categoria é uma forma dos funcionários se posicionarem contra as privatizações, demissões e o fechamento de agências em todo o Brasil. Apesar disso, de acordo com uma nota divulgada pelo Correios nesta quinta-feira (27), 86,31% dos funcionários está trabalhando.

A nota afirma ainda que a suspensão não afeta o atendimento à população, e serviços como Sedex e Banco Postal, os quais permanecem disponíveis. “Somente os serviços com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje) estão suspensos”, acrescenta o documento.

Paralisação

O Correios afirma estar passando por um momento de forte crise financeira. Segundo a empresa, a contabilidade da estatal fechou os dois últimos anos com prejuízos acima dos R$ 2 bilhões. Além disso, com o intuito de reduzir os gastos, um plano de demissão voluntária e o fechamento de 200 agências já foram anunciados.

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), que organiza a paralisação, discorda das afirmações. Em nota, a federação afirma que, apesar do discurso de crise, o Correios continua a efetuar “gastos exorbitantes” com serviços como patrocínios e viagens de vice-presidentes. “Enquanto isso, promove intenso assédio moral contra os próprios empregados, ameaçando cortes como o das férias e cobranças, como no plano de saúde”, afirma a nota.

A empresa estatal se defende dizendo que a paralisação é um ato de irresponsabilidade “neste momento delicado pelo qual passam os Correios”, e afirma estar sempre aberta ao diálogo com os trabalhadores.

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