20/09/2015

Consumo de energia aumenta 5,6% em Artur Nogueira

Para engenheiro elétrico isso pode ser prejudicial ao meio ambiente.

O consumo de energia em Artur Nogueira cresceu 5,66% em 2014 comparado ao mesmo período de 2013. Segundo o Anuário de Estatístico Energético divulgado pela Secretaria de Energia do Estado de São Paulo as taxas de consumo passaram de 91.861.875 kwh para 97.058.218 kwh. O aumento foi acompanhado pelo de óleo combustível, etanol e GLT. Para engenheiro elétrico, se ascensão de consumo não frear os impactos ambientais poderão ser irreversíveis.

Em tols (tonelada de óleo equivalente), para se ter uma ideia, o consumo passou de 7.900, em 2013, para 8.347, em 2014. Nem mesmo a crise interceptou o consumo.

O anuário levou em conta o número de consumidores e a quantidade de consumo de acordo com o setor. Nessas classes de consumo as que mais cresceram em comparação a 2013 foram residencial, passando de 31.564.232 kwh para 33.134.922; comercial, 15.415.131 para 17.509.773 kwh; industrial, 27.411.870 para 29.347.258 kwh; iluminação e serviço público que juntos passaram de 5.662.345 para 6.499 kwh.

De acordo com o engenheiro elétrico Marcelo Morais, esse aumento aponta um comportamento negativo da sociedade e indica males até irreversíveis ao planeta. “Estamos com uma crise. Esse negócio de bandeira é justamente isso. A nossa matriz energética não está suprindo a demanda em função da reserva de potencial hídrico nos reservatórios das usinas [hidrelétricas e termoelétricas]. Então eles passaram a queimar mais combustíveis fósseis para complementar o que a geração hidrelétrica não está conseguindo fazer devido à falta de chuvas”, explica.

Como consequência direta disso os valores nas contas aumentam e a quantidade de CO2 lançado na atmosfera também, contribuindo para o efeito estufa. Alta concentração de dióxido de carbono leva à poluição do ar, chuva ácida, possível desequilíbrio do efeito estufa com consequente elevação da temperatura da Terra. O engenheiro frisa que apesar de não haver hidroelétricas na cidade é preciso reduzir o consumou ou a atividade se tornará insustentável.

Para isso, ele aponta que é necessário mais conscientização sobre o tema. “Hoje, por exemplo, poderia ter uma educação, uma conscientização até por parte do governo para dar condições e possibilidades para que todas as camadas econômicas da cidade pudessem ter acesso a esse tipo de tecnologia [sustentável].”

Morais instalou em sua casa energia térmica para o chuveiro, pia da cozinha e lavanderia, o que ajuda a reduzir os custos. Mesmo assim instalar a tecnologia pode ser cara. Por isso ele reforça a educação e a conscientização como fator determinante. “Quem tem pouca condição financeira não vai deixar de comer para instalar uma energia térmica. Entre comer e mudar o chuveiro ele vai comer. Então é preciso se educar.”

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