15/09/2016

Conheça sete curiosidades sobre a padroeira de Artur Nogueira

Dia de Nossa Senhora das Dores é comemorado nesta quinta-feira.

Rui do Amaral

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A Paróquia Nossa Senhora das Dores de Artur Nogueira celebra hoje, quinta-feira (15), o dia de sua padroeira. Centenas de pessoas já prestigiaram a parte social e a parte religiosa da Festa em louvor a padroeira da cidade. Às 16 horas, ocorre a tradicional procissão que sairá da comunidade Nossa Senhora Aparecida do Resek e vai até a Igreja Matriz, onde será celebrada a Missa Solene em Honra à Nossa Senhora das Dores.

Confira a programação completa da Festa da Padroeira de Artur Nogueira

Nossa Senhora das Dores é representada com um semblante de dor e sofrimento, ora com sete espadas cravadas no coração, ora com uma, simbolizando as dores. Sua imagem também aparece com uma expressão sofrida ao olhar o filho morto diante da cruz e segurando Jesus morto nos braços. Confira algumas curiosidades da Padroeira do ‘Berço da Amizade’:

História: O culto a Nossa Senhora das Dores iniciou-se no ano 1221 no Mosteiro de Schönau, na então Germânia, onde hoje é a Alemanha. A festa de Nossa Senhora das Dores celebrada em 15 de setembro teve início em Florença, na Itália, no ano de 1239, através da Ordem dos Servos de Maria. A imagem de Nossa Senhora das Dores apresenta uma simbologia sobre os sofrimentos pelos quais a Virgem Maria passou. Segundo a Igreja Católica, os sofrimentos da Mãe de Jesus a tornam uma grande intercessora diante de Deus em favor da humanidade. As ‘Dores’ de Nossa Senhora são importantes para os religiosos e a tornam ‘Corredentora’ da humanidade.

Sete dores: O nome ‘Nossa Senhora das Dores’ se refere a sete dores sentidas por Maria, mãe de Jesus. São elas:

Primeira dor: A profecia de Simeão. Quando ouve do profeta Simeão que ‘uma espada de dor transpassaria seu coração’ enquanto apresentava Jesus ainda bebê no Templo.

Segunda dor: A fuga para o Egito. Após ouvir a afirmação de Simeão, a família de Maria tem de fugir para o Egito, já que o imperador Herodes procurava incansavelmente o Messias afim de mata-lo. José, Maria e o menino Jesus permaneceram em terras estrangeiras por quatro anos.

Terceira dor: A perda do Menino Jesus aos 12 anos. Depois que voltaram do Egito, Jesus, Maria e José peregrinaram até Jerusalém para celebrar a Páscoa. O Messias tinha 12 anos quando, ao seus pais voltarem a Jerusalém, ficou no Templo discutindo com os Doutores da Lei, Maria e José pensavam que ele estivesse com os meninos na caravana. Quando notaram sua falta, voltaram a Jerusalém aflitos e só o encontraram depois de três dias, quando Jesus lhes disse que ‘Deveria cuidar das coisas de seu Pai.’ A perda do Menino é considerada outra dor para o coração de Maria.

Quarta dor: O encontro com Jesus a caminho do calvário, quando este carregava a cruz na qual seria crucificado, condenado como um bandido.

Quinta dor: Maria vê seu Filho crucificado. O ato de crucificação, foi outra dor de Maria. Alguns escritos da Igreja Católica apontam que cada prego cravado em Jesus era também sentido por Maria.

Sexta dor: Quando um soldado perfura o coração de Jesus. Enquanto Maria presenciava a morte de seu filho, um soldado romano perfurou o peito do Messias para certificar-se de que ele estava realmente morto, fazendo jorrar muito sangue e água.

Sétima dor: O sepultamento de Jesus. Maria presenciou também o sepultamento de Jesus, num túmulo emprestado por José de Arimatéia. Esta é considerada a última das sete dores de Maria.

Outros nomes: A Nossa Senhora das Dores também possui outras nomeações ao redor do Brasil e do Mundo. São elas: Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário, Nossa Senhora do Monte Calvário, Mãe Soberana e Nossa Senhora do Pranto, invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdolens ou Mater Dolorosa.

Padroeira em outros municípios: Além de Artur Nogueira, Nossa Senhora das Dores possui o título de Padroeira em outras cidades espalhadas pelo país. Os municípios que têm a santa como padroeira são: Guaxupé/MG, Candiba/BA, Mairi/BA, Assaré/CE, Coreaú/CE, Areal/RJ, Avaré/SP, Teresina/PI, Doresópolis/MG, Miracatu/SP, Caldas Novas/MG, Itobi/SP, Casa Branca/SP e Tubarão/SC. A Santa também recebe homenagens em outros municípios no dia 15 de setembro.

Roupa e símbolos: O manto azul de Nossa Senhora das Dores simboliza o céu. Segundo a doutrina católica, o manto significa que Maria está no céu, diante de Deus, e que de lá ela pede ao Pai favor da humanidade. A túnica avermelhada simboliza sua maternidade. As mulheres judias usavam uma túnica com esta cor para simbolizar que eram mães. Algumas representações da Nossa Senhora das Dores a apresentam com um véu branco sob o véu azul. A cor simboliza sua virgindade e pureza. Em outras representações, a Virgem Maria tem dourado sob o véu, que simboliza sua realeza. Portanto, ela é Rainha, Mãe e Virgem. A coroa e os cravos nas mãos de Nossa senhora das Dores simbolizam a paixão Cristo, o sofrimento máximo que Maria acompanhou, viveu e sofreu.

Terço de Nossa Senhora das Dores: O Rosário das Lágrimas, também conhecido como Terço das Lágrimas ou Terço de Nossa Senhora das Dores, é um dos símbolos mais emblemáticos da padroeira de Artur Nogueira. Ele possui 49 contas brancas, divididas em sete partes de sete contas cada. Cada uma dessas sete partes representa uma das sete dores de Nossa Senhora. Contempla-se uma Dor de Maria e reza-se um Pai Nosso e sete Ave-Marias.

Oração a Nossa Senhora das Dores: A prece é usada para iniciar a reza do Terço de Nossa Senhora das Dores. Segue a oração na íntegra: “Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas dores particulares, graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos, Senhora de Vosso Divino Filho, pelos méritos de vossas dores e lágrimas. A graça, amém”.


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