09/10/2014

Cesta Básica de SP é a segunda mais cara do país, segundo Dieese

Economista do grupo diz que valores se refletem nas cidades do interior

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou ontem os resultados da Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, realizada pela instituição em 18 capitais. A cidade de São Paulo apresentou redução de 1,39% do valor em relação a agosto do ano passado, mas continua sendo a segunda capital com a Cesta Básica mais cara, no valor de R$ 333,12. De acordo com economista do grupo, os dados das capitais podem ser aplicados nas cidades do interior de cada estado.

Na comparação com setembro de 2013, houve aumento de 6,75%. Mas desde o início do ano os alimentos básicos já encareceram 1,80% na capital. Conforme explica o economista Luiz Fernando Alves Rosa, do Dieese, a tendência dos preços em São Paulo se refletem em Artur Nogueira. “Obviamente, se você for a um supermercado em Artur Nogueira, os valores vão diferir, entretanto é muito provável que o comportamento acompanhe a capital”, explica. Isso se dá porque os itens que compõe a Cesta Básica dependem de variáveis gerais e não são tão dependentes de questões locais.

“A carne bovina, por exemplo, subiu em todo o país, na capital paulista e muito provavelmente em Artur Nogueira também, porque a variável que leva ao aumento de preço é geral, neste caso a entressafra”, apresenta Rosa. Só em setembro a carne bovina teve um aumento de 2,72% do valor, maior alta de preço por produto em São Paulo.

Outros alimentos que também subiram foram o arroz agulhinha (1,18%) e o café em pó (0,80%).

Paralelo a esta pesquisa, o Diees também verificou qual deveria ser o salário mínimo em relação aos gastos básicos. De acordo com o departamento, a remuneração mínima de um trabalhador no mês de setembro para que pudesse suprir os gatos familiares com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transporte, higiene e lazer deveria ser R$ 2.862,73, ou 3,95 vezes o piso nacional de R$ 724,00.


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