08/01/2014

Campanha da Fraternidade abordará o tráfico de pessoas

Padre Edson Tagliaferro comenta sobre importância da campanha

Rafaela Martins

A Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) escolheu o tema Tráfico Humano para a Campanha da Fraternidade deste ano. As ações terão início a partir do dia 5 de março (Quarta-Feira de Cinzas), através de palestras e celebrações.

A temática surgiu através do estudo dos grupos de ‘Trabalho de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas’ e de ‘Combate ao Trabalho Escravo’, que propuseram as ideias à CNBB. Assim como em outras cidades, as igrejas católicas de Artur Nogueira utilizarão as músicas e materiais preparados pela Conferência.

De acordo com o pároco da Igreja Nossa Senhora das Dores, padre Edson Adélio Tagliaferro, o projeto usa a metodologia ver, julgar, agir e celebrar. “A campanha da fraternidade tem a vantagem de dinamizar o assunto em nível nacional, pois a igreja está presente em todo o país. Por isso, a campanha da fraternidade sempre usa uma metodologia completa. Primeiramente vemos a problemática através de dados e pesquisas, refletimos sob a luz da palavra de Deus, agimos de forma concreta para minimizar o problema e, enfim, trazemos a celebração da vida e da fé”, explica o padre.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) há um aumento de vítimas do tráfico humano, do trabalho forçado e do tráfico para a exploração sexual. Os dados presentes no site da ONU apontam que o tráfico de pessoas no Brasil faz, cerca de, dois milhões de vítimas por ano. Se tornando uma ação lucrativa, o tráfico mundial de pessoas movimenta 32 bilhões de dólares ao ano.

Através dessa campanha, as igrejas locais poderão identificar as diversas formas de tráfico humano e denunciar o ato de violação da dignidade e da liberdade humana. Para o padre Edson, o objetivo da campanha é mobilizar os cristãos e pessoas de boa vontade para erradicar este mal. “Queremos despertar e fazer a população entender melhor o tema proposto. Isso vai de encontro com a doutrina da igreja, convidando a comunidade para viver a doutrina do evangelho, através de ações que serão incisivas na vida da sociedade”, afirma o pároco.

CF 2014


Comentários

Não nos responsabilizamos pelos comentários feitos por nossos visitantes, sendo certo que as opiniões aqui prestadas não representam a opinião do Grupo Bússulo Comunicação Ltda.