Cadela é sacrificada após ser baleada com quatro tiros em Artur Nogueira

Uma cadela foi baleada com quatro tiros em Artur Nogueira. O animal foi encontrado por um voluntário da ONG Rede de Proteção Animal e Ambiental (RPAA), cambaleando, próximo ao Bairrinho, na estrada que liga Artur Nogueira à Holambra. Depois de resgatada ela foi levada à um veterinário para ser sacrificada. Integrantes da ONG afirmaram que devem começar uma greve nos próximos dias pedindo apoio do Executivo.

Pelo estado da cadela, a ONG acredita que ela já estava com as balas no corpo há mais de 24 horas. O animal só foi sacrificado pois havia perdido muito sangue e bicheiras começaram a se criar nas feridas.

Chorando, a protetora Liana Maia, integrante da RPPA, disse estar indignada. Ela foi comunicada do caso pelo voluntário Carlos Caressato, que encontrou a cadela e a resgatou. Segundo Liana, mais de uma vez o animal fora visto pelas redondezas e, de acordo com ela, provavelmente estava em situação de abandono. “Nós protetores estamos extremamente frustrados diante da omissão da gestão pública. A ONG está aberta a ajudar o município, mas para isso a Prefeitura, a Guarda Municipal, a Ambiental, precisa nos ajudar, e não somente empurrar o problema. Não adianta sancionar uma lei, sem aplica-la. Não adianta falar em parceria, se só cabe a nós os deveres, e totalmente sem apoio.”

No dia 21 de setembro a Câmara de Vereadores de Artur Nogueira aprovou uma Lei que pune maus tratos a animais e prevê multa aos agressores. O texto foi aprovado por unanimidade e descreve condutas que determinam se o animal está sofrendo ou não maus tratos, bem como as punições cabíveis de acordo com o ato.

A Lei ainda define quais órgãos competentes farão a fiscalização e a aplicação de sanções, além de autorizar que o município firme convênios com entidades de proteção animal para que haja uma cooperação nas atividades.

O texto foi sancionado pelo Prefeito Celso Capato no final de setembro.

Apesar de já estar em vigor, Liana sente total descaso diante da execução do texto. Como forma de protesto a ONG deve começar uma greve nos próximos dias e não deve atender mais os casos, pedindo que sejam encaminhados à Prefeitura. “Nós, protetores, não aguentamos mais! Estamos sobrecarregados, emocionalmente abalados! Porque existe um sentimento enorme dentro de nós de amor a estes animais e é por isso que abdicamos muito da nossa vida pessoal em favor deles. Infelizmente não contamos com apoio da gestão municipal”, criticou a voluntária da RPPA.

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