07/10/2016

Bancos de Artur Nogueira suspendem greve após um mês de paralisação

Bancários aceitaram reajuste de 8%.

Leonardo Saimon

A greve nacional dos bancários, que afetou metade das agências de Artur Nogueira, terminou após 31 dias de paralisação. A decisão foi tomada pelo Sindicato dos bancários de Campinas e Região durante a noite desta quinta-feira (06), um dia depois que a Federação Nacional dos Bancários (FENABAN) apresentou nova proposta para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A paralisação foi a maior desde 2004. Após seis rodadas de negociações, a categoria aceitou a proposta que prevê, dentre outras coisas, o reajuste salarial de 8%; reajuste de 15% no vale alimentação e reajuste de 10% no vale refeição. Além disso, os dias parados não serão descontados e nem compensados.

Histórico das negociações

No terceiro dia da greve (9), a Fenaban reabriu o processo de negociação. Porém, não mudou muito a proposta: reajuste de 7% e abono de R$ 3.300,00. Novamente, a categoria rejeitou a proposta, em assembleia no dia 12. Nos dias 13 e 15, a Fenaban e o Comando retomaram as negociações. Sem avanços. Nos dias 27 e 28, a Fenaban propôs reajuste de 7%, abono de R$ 3.500,00, acordo de dois anos e, em 2017, reposição da inflação mais 0,5% de aumento real. O Comando rejeitou a proposta na mesa.

Na época do início da greve, a presidente do Sindicato Ana Stela afirmou que a falta de reajuste é um desrespeito com os profissionais da área, já que, segundo ela, os bancos não sofreram com o atual momento econômico do país. “Mesmo numa economia em recessão, a rentabilidade dos Bancos permanece alta. No primeiro semestre de 2016, o lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) totalizou R$ 29,7 bilhões”, declarou.


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