29/08/2017

Artur Nogueira vacinou 160 pessoas contra HPV em oito meses

Papilomavírus Humano (HPV) pode causar cânceres de boca, pênis e de colo do útero, entre outros

Da redação

Nos oito primeiros meses deste ano, 160 pessoas foram vacinadas em Artur Nogueira contra o Papilomavírus Humano (HPV), que é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns e pode causar cânceres de boca, pênis e de colo do útero, entre outros. Seis postos de saúde (UBS) realizam a imunização na cidade em meninas, de 9 a 13 anos, e meninos, de 11 a 15 anos.

De acordo com a ginecologista Cláudia Amaral, o maior risco para quem tem o HPV é o desenvolvimento de câncer de colo de útero. “Então é importante fazer essa vacinação, principalmente nas meninas, nas adolescentes, pois elas estão tendo uma iniciação sexual precoce”, afirma.

Segundo ela, a vacinação contra o Papilomavírus Humano é uma questão de saúde pública. Com o início precoce das atividades sexuais das adolescentes, a imunização feita pelo governo serve para impedir que o HPV e outras doenças sexualmente transmissíveis se alastrem. “É importante que elas tomem as vacinas e tenham orientação sobre o uso de métodos contraceptivos”, ressalta.

Cláudia destaca que as doses devem ser aplicadas em moças ainda virgens. “Se ela tiver a vida sexual ativa, não adianta se vacinar, pois já foi exposta ao HPV”, explica. No entanto, muitas meninas, segundo a especialista, deixam de se imunizar por causa de preconceito dos pais.

De acordo com a ginecologista, o preconceito é mais comum nas mães. Muitas delas não permitem que a filha se vacine por acharem que ela não iniciará a vida sexual tão cedo. Outras, por sua vez, impedem a vacinação para inibirem as filhas. “Elas ficam com medo que, após a imunização, a filha se sentirá incentivada a iniciar a vida sexual”, conta. “Na minha opinião, isso é falta de orientação”, opina a médica que atende no Centro Médico de Vida Saudável (Cevisa), em Engenheiro Coelho (SP).

Por conta disso, Cláudia enfatiza que o diálogo entre pais e adolescente é muito importante. “Isso vai dar uma segurança e fará bem para o jovem”, pontua. “Quando não há essa proximidade, essa orientação dentro da família, o adolescente inicia a vida sexual de maneira muito precoce”, finaliza.

Vacinação

Em Artur Nogueira, a população pode se vacinar contra o HPV em seis postos: Coração Criança, Jardim do Lago, Conservani, Sacilotto, Blumenau e São Vicente.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação contra o HPV é a forma mais eficiente de se proteger contra o câncer de colo do útero. Para se prevenir, é preciso vacinar as adolescentes de 9 a 13 anos e completar o esquema vacinal, aplicando uma segunda dose após seis meses.

As doses também podem ser aplicadas em meninos. Em junho de 2017, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação contra o HPV para meninos de 11 a 15 anos. Antes, a imunização era destinada apenas aqueles que tinham entre 12 e 13 anos. Com a inclusão dos meninos no público-alvo da vacinação, o Brasil se tornou o primeiro País da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para esses jovens em programas nacionais de imunizações.

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