22/08/2014

Artur Nogueira tem 40 reclamações de desperdício de água por dia

Ao menos seis pessoas flagradas desperdiçando água foram multadas pela fiscalização do município.

Norton Rocha

Desde quando entrou em vigor a lei que pune nogueirenses pelo desperdício de água, a Guarda Civil Municipal e a Fiscalização de Posturas receberam, pelo menos, 40 denúncias por dia. Ao menos seis pessoas já foram multadas após serem flagradas pela fiscalização desrespeitando a Lei.

A Guarda Municipal e a Fiscalização de Posturas realizam, em parceria, o trabalho de conscientização e repressão ao uso desnecessário da água.

O projeto foi sancionado pelo Executivo no dia 6 de agosto e prevê multa de R$ 500 para quem for flagrado usando água tratada de forma desnecessária e ainda R$ 5 mil aos postos de combustíveis, que estão impedidos por 60 dias, de acordo com a nova Lei, de realizarem o serviço de lavagem de veículos.

Na primeira semana (11) a central de atendimento da GCM registrou em média 80 denúncias por dia. Para se ter uma ideia, Campinas registra em média 29 queixas diariamente. No entanto, os campineiros não receberam nenhuma multa desde o início do ano. Desde a criação da lei em Campinas, há 10 anos, apenas duas pessoas foram multadas por desperdício de água.

Redução no consumo

De acordo com Toninho Sacilotto, diretor do Sistema de Água e Esgoto de Artur Nogueira (Saean), em 12 dias, a cidade registrou uma redução de 20% no consumo de água. No entanto, o clima seco atrapalha o abastecimento devido ao processo natural de evaporação das águas.

A Saean estabeleceu horários para desativar o bombeamento da água tratada. Das 13 às 17 horas o serviço de distribuição é interrompido, gerando um acúmulo necessário para continuar o abastecimento durante o resto do dia em todo o município. “Ao invés de realizar cortes em regiões específicas, optamos por conter a distribuição da água em toda cidade em períodos fixos, sem priorizar uma ou outra região”, afirma o diretor.

Em razão da estiagem que assola a Região Metropolitana de Campinas (RMC), o município está em estado de emergência desde o dia 5 de agosto. Não foi descartado o risco de racionamento. “Possibilidade sempre há quando não se tem chuva”, declara Sacilotto.

Por outro lado, o coordenador de Fiscalização de Posturas, Ozias Lima Ferreira, apresenta um saldo positivo diante deste cenário. De acordo com ele “a população tem colaborado e está mais atenta, procurando-se informar sobre o que é mais adequado para se fazer neste momento”. Para Ferreira, a situação tem deixado a população mais consciente do seu papel dentro do processo de economia da água.

A fiscalização conta principalmente com a colaboração dos moradores, através de denúncias feitas à central da GCM pelos telefones 153 ou 3877.1823.


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